Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Mascarenhas, Lirian Filgueiras |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/102508
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Resumo: |
O objetivo deste estudo é fazer uma análise comparativa entre a Clínica Psicossocial e as Clínicas Alienista e Psiquiátrica. Como referência, analisaremos cinco elementos citados por Robert Castel (1978): código teórico, tecnologia de intervenção, dispositivo institucional, corpo de profissionais e estatuto de usuários. A Nosografia Filosófica de Pinel foi o primeiro Código Teórico elaborado sobre a loucura. A Clínica Psiquiátrica elaborou manuais diagnósticos, como o CID-10 ou DSM-IV, que embasam até hoje o fazer psiquiátrico. O Código Teórico da clínica psicossocial conta com produções teóricas importantes, como as apontadas pelos psicanalistas e militantes da reforma psiquiátrica brasileira Antonio Lancetti, Ana Marta Lobosque e Fernando Tenório. O asilo, na clínica alienista; o hospital psiquiátrico, na clínica psiquiátrica, e os equipamentos abertos da RASM, na clínica psicossocial, são os Dispositivos Institucionais que têm abrigado a loucura. Mas a luta para que os cuidados aos portadores de transtorno mental sejam ofertados em serviços abertos encontra ainda hoje grande resistência. No asilo e no hospital psiquiátrico, o médico alienista e o médico psiquiatra são os personagens centrais no tratamento da loucura. Na clínica psicossocial, o Corpo de Profissionais é marcado por vários profissionais que entrelaçam seus saberes e suas práticas na assistência aos portadores de transtorno mental. Entretanto, o poder médico ainda é marcante na clínica psicossocial. O Estatuto de Usuário alienista retratava o louco como incapaz e perigoso. Na clínica psiquiátrica, o louco assume também o status de doente mental. Já na clínica psicossocial, o louco é visto, antes de tudo, como um cidadão, o que implica na necessidade de uma clínica comprometida com a transformação da relação da sociedade com a loucura. A Tecnologia de Intervenção Alienista foi o tratamento moral idealizado por Pinel, enquanto o elaborado pela Clínica Psiquiátrica foi o tratamento psicofarmacológico. Na segunda metade do século XX, a Reforma Psiquiátrica propôs uma nova tecnologia de intervenção, a atenção psicossocial, hoje transformada no Brasil em uma política pública pelo Ministério da Saúde. Em pleno século XXI, marcas profundas da clínica alienista e psiquiátrica ainda permanecem na relação da sociedade com a loucura, mesmo considerando os avanços da clínica psicossocial. Palavras-chave: Saúde Mental. Alienismo. Atenção Psicossocial. Reforma Psiquiátrica. Foucault. Psicanálise. |