Desenvolvimento da liderança transformadora na formação médica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Damasceno, Ylana Moreira Monteiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/121352
Resumo: É um desafio para a educação médica formar profissionais que contribuam para a melhoria do atendimento e eficácia dos sistemas de saúde. Torna-se cada vez mais desejável que os currículos dos cursos de Medicina possibilitem o desenvolvimento de competências de liderança colaborativa e transformadora, voltadas ao bem-estar da comunidade, com compromisso e responsabilidade social. Diante desse cenário, objetiva-se, nesta investigação, conhecer as percepções e a trajetória dos egressos de um curso de Medicina quanto ao desenvolvimento da liderança em seus processos de formação profissional. Trata-se de uma pesquisa transversal, de abordagem mista, do tipo sequencial explanatória, realizada com profissionais egressos do curso de graduação em Medicina de uma instituição privada, situada no Nordeste brasileiro. Os dados foram coletados em duas fases distintas e sequenciais, sendo a primeira fase quantitativa (n=78) ¿ realizada por meio da aplicação de um questionário on-line ¿ e a segunda fase, qualitativa (n=10) ¿ realizada com amostragem extraída a partir da fase inicial, na qual foram realizadas entrevistas semiestruturadas. A análise descritiva realizada na primeira fase apontou uma amostra caracterizada por residentes (41%) com dois vínculos empregatícios (38,5%), tendo como principal fonte de renda a assistência médica pública (71,8%); com atuação, predominantemente, na atenção primária (23,1%), seguida da atenção terciária (20,5%), e, em menor frequência, na atenção secundária (12,8%). Dos respondentes, 15 (19,2%) atenderam aos critérios de inclusão para a segunda fase, sendo considerados líderes com atitudes de liderança transformacional. Quatro categorias emergiram dos dados obtidos na fase qualitativa: (1) incongruência nos conceitos de liderança; (2) vivências de liderança no exercício da profissão; (3) modos de aprender liderança; e (4) demandas sobre liderança para a formação médica. Concluiu-se que, nas falas dos egressos entrevistados, surgiram inconsistências nos conceitos de liderança, ora definidos em um modelo autocrático, ora democrático, embora a vivência da liderança na atuação profissional tenha sido enfaticamente expressa em torno de uma liderança colaborativa e compartilhada. Os entrevistados sugeriram que os grupos tutoriais e algumas atividades extracurriculares podem ter contribuído para o desenvolvimento de atitudes de liderança e apontaram para a inserção da liderança dentro do processo formal de educação na formação do médico. A incorporação de treinamento de liderança ao currículo pode possibilitar maior entendimento e desenvolvimento de atitudes de liderança transformacional. Assim, ressalta-se a relevância desta inserção para que as escolas médicas possam contribuir para a formação de líderes capazes de atuar como agentes transformadores da realidade nos serviços de saúde. Novos estudos nessa temática são necessários para que estratégias eficazes sejam traçadas nesse sentido. Palavras-chave: Educação Médica. Liderança. Currículo. Responsabilidade Social.