Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
Chrispim, Lelia Machado Dias |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/69686
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Resumo: |
A violência é um fenômeno que vem se acentuando no mundo contemporâneo. No Brasil, o aumento da violência praticada pelos jovens, principalmente com o avanço do número de meninos infratores, vem provocando preocupações em todos os níveis da sociedade. Este estudo teve como objetivo compreender o menino que matou residente em uma metrópole, no Nordeste brasileiro, no campo pessoal, moral e social e, identificar ações educativas que favoreçam mudanças positivas no seu modo de viver e na sua reintegração na sociedade. Estudo quanti-qualitativo, realizado no Centro Educacional Cardeal Aloísio Lorscheider (CECAL), com adolescentes que cometeram homicídio ou latrocínio na cidade de Fortaleza-CE. Tendo a triangulação como norte da coleta de dados, foi realizada uma pesquisa documental nos prontuários de 42 adolescentes, entrevistas etnográficas com seis jovens internos e três funcionários da Instituição, além da observação participante. Os resultados mostram que os adolescentes são induzidos ao encontro da marginalidade, pela desestrutra familiar, onde quase a metade (48%) vem de famílias com pais separados; pela baixa escolaridade, quando a maioria (81%) são excluídos do sistema educacional; pela entrada precoce no mundo do trabalho, pois 83% dos adolescentes já tinham experiência laborativa antes de cometer o ato infracional e pelo uso de drogas lícitas e ilícitas por 97,6% dos meninos. No atual sistema, após entrar no mundo infracional e de proferida a sentença de internação, passam a vivenciar a violência dentro do centro educacional, que não os profissionaliza, não os torna livre da dependência quimica, e onde inexistem programas que os reintegrem saudavelmente e os acompanhem após o desligamento. A conclusão é que para que se promova uma reintegração social saudável do menino que já matou, é fundamental um olhar sensível sobre a sua ?passagem pela criminalidade? e uma avaliação crítica sobre a metodologia e conteúdo das intervenções nos centros educacionais: promovendo mudanças profundas no sistema atual, fazendo valer políticas que valorizem a vida, fortalecendo vínculos, solidificando relacionamentos e empoderando o jovem cidadão para recomeçar uma nova vida plena e saudável depois do cometimento do ato infracional. |