Para além de um transtorno: considerações sobre os sintomas de pânico à luz da terapia sistêmica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Arora, Subhashni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/105869
Resumo: O atendimento clínico a pacientes marcados pelo intenso e devastador sofrimento físico e psíquico ocasionado por súbitas crises de pânico foi o ponto de partida que nos conduziu a esta trajetória de pesquisa. Nesta dissertação tivemos como objetivo analisar os sintomas de pânico a partir do referencial da terapia sistêmica. Uma vez que a maioria dos pacientes chegava ao consultório de psicologia já diagnosticada como portadores do ¿transtorno de pânico¿ e fazendo uso de uma combinação de psicofármacos, nosso interesse inicial pautou-se em investigarmos como o discurso e a prática hegemônicas da biomedicina, na contemporaneidade, compreendem e tratam o sofrimento psíquico, bem como as suas repercussões para o paciente que sofre com o pânico e seus possíveis desdobramentos no contexto psicoterapêutico. Investigamos as implicações subjetivas do paciente em seus sintomas, a partir da sua história de vida, analisando-se, para tanto, o seu contexto familiar, através da sua família internalizada. Para esse intento, escolhemos analisar dois casos clínicos, atendidos mediante o referencial sistêmico, através de um eixo multi-teórico de categorias da terapia estrutural e da terapia contextual, adaptadas para as especificidades clínicas do atendimento sistêmico no contexto individual. Como resultado, salientamos que, para além do diagnóstico e do tratamento médicos, percebemos situações subjacentes ao sofrimento dos pacientes, vinculadas a dificuldades concernentes ao momento do ciclo de vida dos mesmos e a disfuncionalidades na estrutura familiar, que vieram a possibilitar uma ressignificação das suas queixas iniciais relacionadas aos sintomas de pânico. Concluímos evidenciando a relevância da compreensão dos sintomas de pânico a partir de sua relação subjetiva com a história de vida do paciente e os seus desdobramentos no contexto clínico. Palavras-chave: Pânico, Terapia Sistêmica, Biomedicina, Família, Contemporaneidade.