Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Davi Said |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/121182
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A Trombose Venosa Cerebral (TVC) é uma desordem rara. Os sintomas e o curso clínico são bastante variáveis. A maioria dos pacientes permanece funcional, mas até 75% podem ter alguma sequela, mesmo que não motora. Poucos estudos avaliam os fatores que influenciam no surgimento dessas sequelas, e a taxa de recanalização venosa tem sido sugerido como um desses fatores. Também há poucos estudos associando a recanalização em TVC com o desfecho clínico dos pacientes. OBJETIVOS: Avaliar a associação entre grau de recanalização em TVC e o desfecho clínico (avaliação cognitiva, transtorno de humor e funcionalidade). MÉTODOS: Sessenta e três pacientes foram avaliados quanto ao perfil sócio-demográfico e aspectos clínicos (seio venoso acometido no ictus, sintomatologia no ictus, etiologia da TVC e grau de recanalização) e foram submetidos a questionários a fim de identificar a presença de alterações cognitivas (Exame Cognitivo de Addenbrooke), sintomas depressivos (Escala de Depressão de Beck) e o grau de incapacidade (Escala de Rankin modificada). Um subgrupo de 39 pacientes foi submetido a uma neuroimagem de controle e avaliado também quanto à influência da recanalização como fator que influencia no desfecho clínico. Todas as neuroimagens foram revisadas por um neurorradiologista, comparando os resultados iniciais e de seguimento no que diz respeito principalmente à recanalização dos seios venosos. Cruzou-se os dados sobre o grau de recanalização, dois a dois, com os dados sobre avaliação cognitiva, avaliação de depressão e classificação do grau de incapacidade. RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi de 34,6 anos (± 9,6). A maioria dos pacientes era do sexo feminino 53/63 (84,1%). A escolaridade variou de 0 a 17 anos (mediana = 11), intervalo interquartil 7-12. Dentre os 39 pacientes com neuroimagem de controle, 38/39 (97,4%) obtiveram algum grau de recanalização. Em 13/39 (33,3%) a recanalização foi total em todos os seios venosos. Em 25/39 (64,1%) a recanalização foi parcial. Dentre esses 25 pacientes com recanalização parcial, em 16 esta era maior ou igual a 50% do calibre dos seios acometidos em 50% ou mais dos seios acometidos. Na avaliação cognitiva, 59,7% tiveram alteração. Na avaliação de depressão, 15,4% tinham depressão clinicamente significativa. Na avaliação de incapacidade funcional, 12,5% apresentavam dependência funcional após seis meses. Não houve associação entre recanalização e o desfecho clínico. CONCLUSÃO: A maioria dos pacientes apresentou bom prognóstico e não houve associação entre o padrão de recanalização e o desfecho clínico. Talvez não seja necessária imagem vascular de controle nos pacientes que já tiveram bom desfecho clínico após TVC. Palavras-chave: Trombose venosa cerebral, recanalização. |