O trabalho e suas implicações no ócio e na saúde de enfermeiros de uma Unidade de Terapia Intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Carvalho, Maria de Fatima de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/84948
Resumo: O trabalho em saúde é um dos recortes possiveis a ser considerado no mundo do trabalho e este apresenta diferentes formas de ser percebido e compreendico como locus operandi do profissional da saúde. Este estudo buscou apreender o sentido do trabalho e do ócio, bem como seus reflexos para a saúde dos enfermeiros em Unidade de Terapia Intensiva - UTI de um hospital de doenças infecciosas de Fortaleza. Tratou ainda de descrever vivências e experiências de ócio na visão dos enfermeiros; identificar experiências no cotidiano do trabalho dos enfermeiros assinaladas como causadoras de sofrimento e, ainda, analisar a relação trabalho, ócio e saúde para os sujeitos investigados. O estudo empreendeu uma abordagem qualitativa do tipo etnográfica, tendo como técnica de análise o discurso do sujeito coletivo de Lefèvre. As teorias fundamentadoras foram o ócio humanista, de Manuel Cuenca Cabeza, e a psicodinâmica do trabalho, de Crhistophe Dejours. Assim, os sentidos atribuídos ao trabalho pelos enfermeiros estão intrinsecamente relacionados com a realidade social constituída e reproduzida, e com diferentes variáveis pessoais e culturais do momento vivido. Estão igualmente influenciados pela organização e condição do trabalho impostas nos serviços de saúde. As situações assinaladas como geradoras de sofrimento mais referidas foram: longas jornadas, sobrecarga, trabalho noturno, sensação de impotência diante das situações de perda de pacientes, pressões do trabalho, a relação com os colegas de trabalho, pacientes e /ou membros familiares. O sentido de ócio, como fonte de prazer e bem-estar, é relatado pelos enfermeiros, quando percebem a necessidade de um tempo para si, um tempo pessoal, fora de qualquer obrigação de trabalho. Palavras chave: Trabalho em saúde; Ócio e saúde; Saúde do trabalhador.