Incontinência fecal na infância: narrativa da mãe

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Purcaru, Marionescu
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/102472
Resumo: A incontinência fecal é a perda involuntária do conteúdo retal (líquido, gás ou sólido) através do canal anal. Pode ser de origem funcional ou orgânica. É um problema gastroenterológico com profundos impactos pessoais e familiares. As crianças acometidas pela incontinência têm mais baixa qualidade de vida e desenvolvem problemas de ordem comportamental e emocional além de apresentarem desempenho ruim na escola e ambiente familiar comprometido. Objetivou-se analisar os sentidos atribuídos à Incontinência Fecal na Infância a partir da narrativa de mães de crianças com IF. Estudo com abordagem qualitativa, cujo cenário foi o ambulatório de tratamento da incontinência fecal de um hospital público da rede estadual, especializado no atendimento à saúde da criança, localizado no município de Fortaleza - Ceará. Os participantes foram 29 mães de crianças com incontinência fecal, atendidas no serviço, escolhidas aleatoriamente. A coleta de dados foi realizada nos meses de janeiro a abril de 2014, a técnica empregada foi a narrativa. Para análise dos dados, utilizou-se o método de interpretação de sentidos. Foram apresentados quatro sentidos que traduzem os sentimentos da mãe em relação à incontinência fecal: o sofrimento, o estigma, a perda da independência e a renuncia. Há sofrimento causado pelo desgaste físico e emocional a que são expostos criança e familiares. A mãe renuncia à família, ao trabalho e aos projetos de vida pessoal, dedicando-se a cuidar da criança incontinente. O estigma surge de forma avassaladora, comprometendo a vida social e familiar sendo responsável pela exclusão social de criança e familiares. Os cuidados exigidos para cuidar da criança incontinente levam a mãe a perder sua independência financeira e pessoal. Propõe-se a criação de tecnologias a serem utilizadas pelos profissionais que atendem crianças com IF; a expansão de serviços onde o atendimento a crianças com IF seja realizado de forma integral, por equipe multiprofissional, e a organização de grupos de apoio com a finalidade de fomentar a troca de experiências entre os participantes, explorar novas ideias positivas e proporcionar apoio a crianças incontinentes e seus familiares.