A experiência vivida do cardiopata: um estudo crítico-cultural com foco no estigma

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Nunes, Ana Letícia de Moura Soares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/75254
Resumo: Este trabalho tem como objetivo descrever a experiência vivida do cardiopata, visando compreender como o indivíduo portador de uma doença coronariana vivencia sua condição de "doente do coração" em relação a si mesmo e aos diversos contextos em que está inserido. Após ser diagnosticado como cardiopata pelo profissional da saúde, como o sujeito passa a se sentir? De que forma o diagnóstico influencia sua vida? Sente-se inválido, limitado ou impotente para exercer suas funções a partir da doença? Sente-se diferenciado ou estigmatizado diante das pessoas? Para este estudo, foi realizada uma pesquisa qualitativa utilizando dois métodos de pesquisa: o método fenomenológico, que busca compreender o significado da experiência vivida por quem vive ou viveu a experiência em estudo e o método etnográfico, que visa a uma compreensão cultural do fenômeno, buscando apreender sobre o estigma. A pesquisa mostrou que cada sujeito vivencia sua condição de cardiopata de forma muito singular. Alguns entrevistados se sentem limitados para dar continuidade às atividades que exerciam antes da descoberta da doença. No que se refere ao contexto familiar, todos os entrevistados afirmam que as relações familiares sofreram modificações, abrangendo aspectos positivos e negativos. Com relação ao estigma, alguns entrevistados se sentem inferior às outras pessoas por não poderem mais exercer a sua profissão e por sofrerem mudanças significativas no seu estilo de vida, como algumas restrições de alimentação, atividades laborais, entre outras. Foi constatado que o estigma está presente na vivência do cardiopata, através de suas relações sociais, em que amigos e familiares tendem a considerá-lo como fragilizado, diminuído ou menos capaz.