Desenvolvimento territorial: a economia criativa nas regiões com indicação geográfica para o vinho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silva, Joselito Brilhante
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/124044
Resumo: As Indicações Geográficas (IG) constituem formas de proteção legitimadas por convenções internacionais e os produtos com este sinal distintivo de origem se diferenciam pelo terroir. Por sua vez, o desenvolvimento da economia criativa em uma região se dá pelo aproveitamento dos recursos criativos quando se tem algum recurso intangível e simbólico notório na região, como uma IG. O desenvolvimento foi abordado considerando a notoriedade do vinho com IG como vantagem competitiva e a economia criativa utilizando o simbolismo e a organização do arranjo produtivo como parte de um processo descentralizado e orientado para place branding e capaz de levar a um desenvolvimento territorial. Assim, o objetivo geral dessa pesquisa é verificar a contribuição da economia criativa para o desenvolvimento territorial de regiões com IG para o vinho. A pesquisa é classificada como estudo de casos múltiplos, qualitativa, aplicada, exploratória, descritiva e transversal. O território estudado compreendeu todas as regiões com IG para o vinho no Brasil, nos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A justificativa para escolha do segmento econômico do vinho se deve ao fato de as seis regiões com IG estarem concentradas geograficamente, à relevância da produção de vinho e do enoturismo e por serem algumas das primeiras IG brasileiras. A coleta de dados foi efetuada por meio de entrevistas as quais contemplaram, seguindo a metodologia Tridente Criativo, grupos formados pelo poder público, setor produtivo e setor criativo. Neste trabalho optou-se por um corte transversal com a coleta de dados sendo realizada em um único momento nos meses de setembro e outubro de 2017, sem coletas longitudinais.As principais conclusões são que: (1) A economia criativa em relação às IG está restrita ao desenvolvimento de marcas, rótulos, contrarrótulos, garrafas e panfletos explicativos. Os eventos estão ligados ao vinho e não, especificamente, às IG; (2) O valor simbólico existente se deve ao vinho e ao envolvimento direto com a IG; (3) A adoção de um novo framework quando da implantação de uma IG é um devir, dada as limitadas ações observadas em relação a um planejamento estratégico de marketing orientado para economia criativa, place branding e desenvolvimento territorial baseado neste recurso endógeno. A observância atual quanto aos critérios técnicos e à organização dos produtores são insuficiente para se chegar a um desenvolvimento territorial pelas IG. Palavras-chave: Indicação geográfica. Economia criativa. Place branding. Desenvolvimento territorial.