Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Borges, Rafaele Teixeira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/100049
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Resumo: |
Enquanto a biomedicina define suicídio como um ato consciente e intencional de um indivíduo para extinguir sua própria vida, a antropologia médica contra argumenta que forças macrossociais ? fora do seu poder de controle ? infligem sentimentos de desesperança e desamparo; a autodestruição é fugir do sofrimento social insuportável. Esse estudo antropológico objetiva descrever a experiência subjetiva e motivos sentidos de pessoas que tentaram suicídio por imolação. De novembro de 2012 a julho de 2013, foram realizadas entrevistas etnográficas e narrativas de seis informantes, desses casos, são apresentados quatro em maior profundidade, casos ricos em informação, no Centro de Tratamento de Queimados de um hospital público em Fortaleza, Ceará, no Nordeste brasileiro. Utilizamos a Análise de Conteúdo e a Interpretação Semântica Contextualizada, interligando os sinais, significados e ações tomadas diante de situações marcantes da vida. Desvelamos histórias marcadas por estigma social, preconceito e violência simbólica. As vítimas da queimadura auto-inflingida ?tomam vergonha na cara,? ?perdem sua moral,? sofrem atos de humilhação e desprezo pela família e sociedade, constroem, culturalmente, uma identidade degradante de ?não pessoa;? o eu-divido está em conflito religioso, entre ser perdoado ou condenado pelo seu ?pecado mortal.? É necessário compreender, sem culpabilizar, os significados escondidos por trás do suicídio - a chave para humanizar o cuidado clínico. |