Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Maia, Isadora Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/118507
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Resumo: |
Buscou-se caracterizar o nível de engajamento e exaustão de profissionais das medidas socioeducativas, verificando fatores a eles relacionados (Estudo I), assim como a percepção dos referidos profissionais acerca do seu nível de engajamento/exaustão (Estudo II). No primeiro estudo, 131 profissionais das Unidades de internação em Fortaleza, CE [54,2% sexo masculino; idade média de 34,16 anos (DP = 9,32)] responderam a instrumentos que avaliavam características sociodemográficas, laborais, aspectos relacionados às demandas de trabalho, recursos pessoais (autoeficácia e sentido do trabalho), assim como escalas de engajamento e exaustão. Análises descritivas (frequência, porcentagem, média, desvio-padrão) e inferenciais (Teste-T, ANOVA, correlações e regressão linear) foram calculadas no SPSS. Verificou-se que os profissionais tendem a estabelecer uma relação positiva com seu trabalho (elevado grau de recursos pessoais e profissionais e menor nível de demandas e exaustão), minimizando as possibilidades de esgotamento e adoecimento psíquico. Além disso, verificou-se que o grupo de maior engajamento se caracterizava por ter pós-graduação, ser servidor público, ter mais de 5 anos de trabalho na rede, pertencer a cargos de gestão e não trabalhar em regime de plantão; ao passo que o grupo com maior nível de exaustão foi formado por pessoas que trabalham sob regime de contrato temporário, têm até 1 ano de atuação e pertencem ao eixo pedagógico/segurança. O menor nível de demanda e maior sentido do trabalho predisse o engajamento; enquanto que o alto grau de demandas e baixo grau de recursos e de sentido do trabalho predisse a exaustão emocional. No segundo estudo, de delineamento qualitativo, 5 profissionais - sendo três integrantes da equipe técnica e dois coordenadores de segurança - responderam a uma entrevista semiestruturada, a qual foi analisada com ajuda do Software Iramuteq. Cinco classes de análise foram geradas: 1) rotina das unidades socioeducativas: demandas de trabalho dos profissionais; 2) gestão de conflitos nas unidades: da mediação à polícia; 3) recursos pessoais e institucionais relacionados ao exercício da profissão; 4) aspectos relacionados ao contexto de trabalho e à seleção pública de 2017; e 5) indicadores de esgotamento laboral: adversidades e adoecimento profissional. Embora nesse estudo os participantes tenham destacado com maior intensidade que no primeiro estudo os indicadores (equipe reduzida; insalubridade; baixo salário; fragilidade do vínculo empregatício; dentre outros) que podem conduzir o profissional a um processo de adoecimento físico e psicológico, também se constatou que a relevância social de sua prática para os adolescentes e o relacionamento positivo entre os profissionais podem atuar no sentido de justificar a permanência dos profissionais nas instituições socioeducativas. Conclui-se que os contextos têm influência direta na saúde desses profissionais, o que resgata a importância de se olhar para suas condições de trabalho e para aspectos ligados à saúde mental, promovendo, desse modo, avanços na realidade socioeducativa. Palavras-chave: profissionais, medida socio-educativa, engajamento com o trabalho, exaustão. |