Efeitos das atividades fisioterapêuticas na funcionalidade e na qualidade de vida de pacientes submetidos à hemodiálise

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Lopes, Cristiane Marinho Uchoa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/98624
Resumo: A Insuficiência Renal Crônica (IRC), segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia se tornou uma problemática de saúde publica. É uma doença progressiva e irreversível da função renal. Os pacientes com Insuficiência Renal Crônica, em tratamento hemodialítico, apresentam com frequência alterações musculoesqueléticas como fadiga muscular e câimbras. Estas alterações afetam tanto a saúde física quanto a saúde social, pois provocam alterações em suas atividades da vida diária, limitam a capacidade funcional e a qualidade de vida desses pacientes. A Fisioterapia tem sido bem reconhecida como uma forma de intervenção terapêutica que busca a melhora das alterações músculoesqueléticas apresentadas pelos pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos das atividades fisioterapêuticas na funcionalidade e na qualidade de vida dos pacientes submetidos à hemodiálise. Trata-se de um estudo com abordagem quantitativa, podendo ser caracterizado como estudo de intervenção. O estudo foi desenvolvido em um Centro de Nefrologia de um município pertencente ao Estado do Ceará, destinado a prestar assistência aos pacientes com IRC e que realizam hemodiálise. A amostra foi constituída por 32 pacientes que realizam hemodiálise por um período mínimo de tratamento hemodialítico de seis meses e com idade mínima de 18 anos. O estudo ocorreu no período de 2011 a 2012, desde o início do projeto à intervenção. Na primeira coleta de dados foram utilizados os questionários abrangendo os aspectos sócio-demográficos, realização de atividade física, avaliação cinesiológica-funcional, a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) e o Kidney Disease and Quality of Life Short-Form (KDQOL-SFTM). O período de intervenção foi de 12 semanas ou 24 atendimentos fisioterápicos. A segunda coleta de dados foi através da aplicação da ficha de avaliação cinesiológica-funcional, a CIF e o KDQOL-SFTM. Os dados foram analisados através do Programa SPSS 16.0, realizando estatística descritiva e inferencial. Os dados revelam que maior parte dos pacientes, 25 (78,1%) apresentaram cãibras, 17 (53,1%) dores, 13 (40,6%) dores durante a marcha, 11 (34,4%) fraturas prévias e 8 (25,0%) edemas. Em relação aos testes realizados antes e após a intervenção fisioterapêutica, na força muscular não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas, posto que o p=0,782. Na goniometria, os resultados estatisticamente significativos foram flexão plantar de tornozelo direito (p=0,015) e dorsoflexão de tornozelo esquerdo (p=0,000). Na CIF apresentaram diferenças estatisticamente significativas para ambas as variáveis Desempenho (p=0,004) e Capacidade (p=0,011). Em relação ao KDQOL-SFTM, houve diferenças estatisticamente significativas para os domínios função sexual (p=0,030) e dor (p=0,000). Conclui-se que a Fisioterapia atuando nas manifestações musculoesqueléticas dos pacientes com IRC pode contribuir para melhoras no quadro álgico e na realização dos movimentos corporais, possibilitando a diminuição da deficiência durante a realização das atividades da vida diária, melhorando a capacidade e o desempenho dos pacientes.