Corpo e cuidados médicos nos processos de subjetivação: contribuições de Michel Foucault

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Mendes, Layza Castelo Branco
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/81157
Resumo: O objetivo deste trabalho é estudar a relação entre corpo e cuidados médicos na construção das subjetividades. Para tanto, empreendemos uma pesquisa bibliográfica, utilizando como eixo principal o referencial teórico de Michel Foucault. De acordo com seu pensamento, a construção dos sujeitos depende das características culturais, e, portanto, é transformada ao longo do tempo. Inicialmente, delimitamos a noção de corpo utilizada na pesquisa. Trata-se do corpo biológico compreendido como matéria orgânica. Em seguida, passamos a compreender a constituição subjetiva por meio do assujeitamento ao saber médico, que na Modernidade consolidou-se como a racionalidade que domina a verdade sobre os indivíduos. Deste modo, vimos que, com o nascimento da Medicina anatomopatológica, que tem como característica essencial a referência à morte, a subjetividade foi sobreposta ao corpo. No terceiro momento, tratamos de entender a construção dos sujeitos por meio das práticas divisórias desencadeadas pelas relações de poder da Medicina. No último capítulo, dedicamo-nos a pesquisar o assujeitamento e as práticas divisórias por meio do saber médico que predomina na atualidade, qual seja, a Biomedicina. Esta nova racionalidade conserva alguns aspectos da Medicina que a precedeu, como considerar o corpo em termos de organismo. Contudo, possui características que lhe são singulares, entre as quais destacaríamos o centramento não mais na morte, mas na vida e na saúde. Diante deste contexto, constatamos que, na contemporaneidade, a justaposição da subjetividade ao corpo parece estar ainda mais consolidada. Concluímos também que a predominância do saber biomédico na nossa sociedade engendrou novas formas de assujeitamento e novas práticas divisórias nos processos de subjetivação. Palavras-chave: Corpo, subjetividade, cuidados médicos, Michel Foucault.