Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Rocha, Fabíola de Castro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/129448
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Resumo: |
doenças de notificação compulsória nos anos 1986 e 2005, respectivamente. Entretanto, o país ainda apresenta altas taxas de subnotificação, fato que dificulta o conhecimento da real dimensão desses agravos, o que faz necessário o aprimoramento na qualidade da vigilância, tendo em vista que a identificação e análise dos casos constituem importantes ferramentas para definição de prioridades e planejamento de políticas públicas. A comunidade científica e órgãos obstétricos internacionais têm buscado determinar o impacto da pandemia e da própria infecção pelo SARS-CoV-2 no intercurso gestacional e perinatal de forma direta e indireta. Objetivo: Analisar as repercussões epidemiológicas na taxa de detecção da sífilis em gestante e de incidência de sífilis congênita, ocorridas em função da mudança dos critérios de definição de caso e dos efeitos da pandemia de COVID-19. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa multimétodos. Inicialmente realizou-se um estudo epidemiológico de análise de Série Temporal Interrompida (STI) para analisar os efeitos da mudança nos critérios de casos de SG e SC nas tendências temporais mensais e anuais das notificações desses agravos. Posteriormente, conduziu-se um estudo de coorte retrospectivo visando analisar os desfechos perinatais em recém-nascidos cujas mães apresentaram sífilis e COVID-19. Resultados: Houve aumento dos casos da SG e SC em todo o estado do Ceará. A mudança nos critérios de casos de SG e SC resultou no aumento da taxa de detecção de SG sem alteração significativa na tendência em relação ao período anterior. Quanto à SC, não foi observado aumento significativo na taxa de incidência no primeiro mês após a alteração, no entanto, verificou-se uma queda significativa na tendência da incidência de casos até 2020. Na pandemia da COVID-19 não foram observadas alterações significativas na taxa mensal de detecção de SG nem na sua tendência. Em relação à SC, observou-se que no primeiro mês da pandemia da COVID-19 não foi observada alteração na incidência de SC em relação ao período pós-mudança de critério de casos, contudo foi evidenciado um aumento significativo na tendência de incidência durante a pandemia. O perfil de mulheres com COVID-19 e sífilis se assemelha ao daquelas unicamente com sífilis. Nas duas situações observou-se que esses eventos são influenciados por fatores sociodemográficos associados à pobreza, denotando o contexto de vulnerabilidade social dessa população. Constatou-se que desfechos negativos de morte materna, manifestações clínicas de sífilis no RN, prematuridade e baixo peso ao nascer estão associados a oportunidades perdidas no cuidado à gestante e se apresentam com mais ocorrência quando a sífilis se associa à infecção pelo vírus SARS-CoV-2. Conclusão: Acredita-se que a pesquisa tenha contribuído para o entendimento da sífilis na gestação sobre várias perspectivas, além de fomentar o interesse no desenvolvimento de estudos futuros com mais acurácia para entender o comportamento e as repercussões dessas doenças no cotidiano e em possíveis situações de crise sanitária como a vista nos anos recentes. Palavras-chaves: Gestantes; Recém-nascido; Sífilis; Sífilis Congênita; COVID-19; Sistemas de Informação. |