Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Coutinho, Nicoli Ferri Revoredo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/589350
|
Resumo: |
As glomerulopatias podem ser de causa primária ou secundária, tendo impacto importante sobre o risco de morbidade e mortalidade desses pacientes. Apesar do seu impacto, pouco se sabe sobre pacientes graves com glomerulopatia primária. O objetivo desse estudo é analisar os fatores prognósticos das glomerulopatias primárias em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) a curto e longo prazo. Trata-se de estudo retrospectivo de avaliação de dados através do banco de dados MIMIC-IV. Foram incluídos pacientes com diagnóstico de glomerulopatias primárias no período de 2008 a 2019. Foram avaliados os dados demográficos, admissão na UTI, diagnóstico de glomerulopatia, creatinina sérica mais baixa durante a internação, uso de inibidor da enzima conversora de angiotensina (IECA) ou bloqueador do receptor de angiotensina (BRA), agentes imunossupressores, índice de comorbidade de Charlson, Sequential Organ Failure Assessment Score (SOFA) com e sem o componente renal (SOFA não renal) nas primeiras 24 horas e a albumina sérica das primeiras 24 horas da admissão na UTI. As causas infecciosas e cardiovasculares foram os principais motivos de internação na UTI, sendo a sepse diagnosticada em mais da metade dos pacientes durante a internação na UTI. A taxa de mortalidade hospitalar foi de 6,8%, com uma taxa de mortalidade a longo prazo de 29,0% três anos após a alta da UTI. A redução do débito urinário e da albumina sérica foram identificadas como preditores independentes de mortalidade hospitalar, enquanto a albumina sérica e o índice de comorbidade de Charlson foram significativamente associados à mortalidade em longo prazo. Notavelmente, embora a lesão renal aguda fosse frequente, não foi significativamente associada à mortalidade. Além disso, a redução do débito urinário medeia mais de um quarto da associação entre albumina sérica e mortalidade hospitalar. Embora a mortalidade hospitalar tenha sido inferior ao esperado, a mortalidade a longo prazo permaneceu elevada. A albumina sérica e o índice de comorbidade de Charlson surgiram como preditores robustos de mortalidade em longo prazo, destacando a importância da avaliação abrangente do risco nesta população. A falta de associação entre lesão renal aguda e mortalidade sugere a necessidade de mais pesquisas para compreender a complexa interação de fatores que influenciam os resultados nesta população de pacientes. Palavras-chave: glomerulopatia primária, injúria renal aguda, proteinúria, mortalidade em terapia intensiva. |