Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Camila Barbosa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/117231
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Resumo: |
Introdução: Lesão renal aguda (LRA) é frequentemente encontrada em pacientes internados na unidade de terapia intensiva (UTI) e está associada a desfecho desfavorável quando necessita de terapia de substituição renal (TSR). O diagnóstico precoce é de extrema importância, no entanto o biomarcador mais utilizado na prática clínica, a creatinina sérica, apresenta uma resposta limitada e atrasada de danos estruturais. A fisiopatologia da LRA é complexa e envolve diversos fatores. O endotélio vem sendo estudado como fator que desempenha papel fundamental no desenvolvimento de LRA, por atuar na permeabilidade capilar através da liberação de mediadores inflamatórios. A angiopoietina (Ang) é um fator de crescimento endotelial que regula diretamente a permeabilidade, sendo as principais Ang-1 e Ang-2 que apresentam efeitos antagonistas quando ligadas ao receptor. Ang-2 é uma citocina pró-inflamatória e está elevada em pacientes que desenvolvem síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA) e LRA, além de ser utilizada como preditor de mortalidade para doentes críticos, pois reflete uma resposta inflamatória sistêmica. Objetivo: Avaliar a Ang-2 como biomarcador de LRA em paciente crítico com e sem SDRA. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte prospectivo realizado na UTI do Hospital Geral de Fortaleza (HGF), no período de janeiro de 2016 a junho de 2017. Onde todos os pacientes com idade superior a 18 anos, de ambos os gêneros foram incluídos no estudo, foram excluídos aquele que tivesse sido submetidos a transplante renal prévio ou com doença renal crônica (DRC) do tipo dialítica. Os pacientes foram recrutados nas primeiras 24 horas de internação e acompanhados durante uma semana, com registo diário de dados clínicos e laboratoriais do prontuário. Os dados foram coletados com o objetivo de reproduzis um modelo clínico preditivo de LRA. Para avaliação da Ang-2 como biomarcador, foi coletado sangue nas primeiras 24 horas de internação. O material foi levado para o Laboratório de Pesquisa em Nefrologia e Doenças Tropicais do Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Ceará, para medição através de um ensaio imunoenzimático. O critério utilizado para classificar LRA foi proposto pelo Kidney Disease Improving Global Outcomes (KDIGO) e o de SDRA de acordo com a definição de Berlin. A análise dos dados foi realizada utilizando o programa SPSS. Resultados: No geral, 283 pacientes (50,2% do sexo masculino) foram incluídos no estudo, onde 109 (38,5%) apresentavam SDRA na admissão ou desenvolveram durante os primeiros sete dias de internação. Pacientes com LRA grave e necessidade de TSR foram mais frequentes em pacientes com SDRA do que os que não desenvolveram (46,8 vs. 21,3%, p <0,001 e 22,0 vs. 9,2%, p = 0,003, respectivamente). Em relação a Ang-2, os valores forem maiores na admissão de pacientes com SDRA (p<0,001), além de estar associada à LRA grave com necessidade de TSR durante a permanência na UTI. Conclusão: Ang-2 está associada com LRA grave com necessidade de TSR apenas em pacientes com SDRA ou em desenvolvimento, podendo ser utilizada como biomarcador para predizer a LRA grave em pacientes com SDRA. Palavras-chaves: Endotélio. Lesão renal aguda. Síndrome do desconforto respiratório do adulto. |