Os efeitos da biopolítica para a função sujeito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Carneiro, Alice Pereira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/100299
Resumo: O presente trabalho trata de uma discussão acerca da atual hegemonia do discurso biopolítico e seus efeitos para a função sujeito. Nossa problemática diz respeito aos desdobramentos da biopolítica no que se refere aos seus efeitos de dessubjetivação. A pesquisa, que é de caráter bibliográfico, utilizou-se de e dialogou com autores que se dedicam ao estudo de diversas áreas do saber, mas nosso recorte metodológico aponta prioritariamente para a psicanálise e a política. No que diz respeito à psicanálise, esta aparece como base e como fio condutor, que nos possibilita uma leitura específica do sujeito, singular, que perpassa todo o trabalho. O primeiro capítulo é dedicado ao levantamento bibliográfico da noção de sujeito tal e qual trabalhada pela psicanálise. Percorremos um caminho que leva desde a descoberta do inconsciente freudiano até o sujeito lacaniano, fazendo um breve diálogo com a biopolítica. No segundo capítulo, percorremos alguns aspectos da obra de Michel Foucault, que nos interessam uma vez que problematizam os aspectos da realidade, que tomam a biopolítica como discurso, como espaço de materialização da linguagem, e como produtora de sentidos e subjetividades. No terceiro e último capitulo trabalhamos prioritariamente com as reflexões de Giorgio Agamben, que corroboram com nossa hipótese. Para ele, o paradigma biopolítico moderno é o campo de concentração, e temos no bojo de nossa sociedade a presença de mecanismos, de dispositivos, dos quais os sujeitos são fatores e produtos, que carregam consigo uma violência normatizadora e naturalizante que despoja o sujeito da sua capacidade de balizar seu mal-estar na civilização pela via do simbólico e cria alternativas de saberes e intervenções dessubjetivantes, não determinando, mas abrindo largas vias, suscitando uma posição de sujeito perigosamente distante daquela desnaturalizada pela linguagem. Palavras-chave: psicanálise; sujeito; biopolítica; vida nua.