"Quando o desejo não vem": um estudo sobre a não maternidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gontijo, Elisa Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/590733
Resumo: O desejo de não ter filhos não era uma opção por muitos anos para as mulheres. A escolha pela não maternidade é algo recente na história, por uma série de fatores históricos, sociais e científicos. A feminilidade e a maternidade aparecem relacionadas e constantes para a vida das mulheres, consequentemente, não seguir este caminho ainda é visto como uma fuga à norma e aos parâmetros sociais, é ir contra a idealização da maternidade e um impasse para a leitura de alguns discursos sociais. Este trabalho tem como objetivo central debater a temática da não maternidade a partir da teoria psicanalítica. Em um primeiro momento trabalhou-se a maternidade como ideal e como função, revelando alguns impasses a partir de Freud que expõem o conflito posto entre a mulher e a mãe. Além disso, discutiu-se sobre as políticas do corpo e sobre a instrumentalização do corpo feminino. No segundo momento, a partir de um relato autobiográfico de uma mulher que não deseja ter filho e de entrevistas com três mulheres que falaram a respeito de si e da não-maternidade, abordou-se: a ambivalência do desejo inconsciente, o Super-eu e as pressões sociais, a castração e a mulher, o desejo do Outro e as parcerias amorosos, a função materna, a feminilidade e o discurso capitalista em associação ao maternalismo. Debateu-se como o discurso capitalista trata as ambivalências do desejo, ao mesmo tempo em que promove a maternidade como um ideal inalcançável, muitas vezes ligado à renúncia de outras formas de realização pessoal. Essas questões são vistas tanto no campo das relações amorosas quanto no que tange à função materna e à construção da feminilidade, evidenciando que o desejo de não ser mãe desafia as normas culturais vigentes e confronta os paradigmas tradicionais de gênero. Palavras-chave: não maternidade, maternidade, mulheres, psicanálise.