As belas mortas: peculiaridades estruturais da neurose obsessiva na mulher

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Pessôa, Camila Guimarães de Paula
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/101772
Resumo: O presente trabalho indaga sobre que mulher é essa, que tenta se inscrever no campo da masculinidade, com um discurso completamente distinto do histérico reivindicativo de um desejo insatisfeito, que era hegemônico no tempo de Sigmund Freud. É uma mulher que chega a afirmar não desejar, de acordo com as vinhetas clínicas, só querer o útil, o necessário. A partir dessa problemática, questionam-se as peculiaridades estruturais da neurose obsessiva na mulher, através da teoria freudiana e lacaniana. Desse modo, o presente trabalho se norteou através de quatro objetivos específicos: o primeiro foi de fazer uma releitura histórica sobre a diferença sexual e o lugar da mulher na sociedade ocidental; o segundo foi de construir uma síntese sobre o conceito de feminilidade em Freud e Lacan, para contextualizar a questão do feminino na neurótica obsessiva; o terceiro objetivo específico foi de abordar os principais casos debatidos de neurose obsessiva na mulher por Freud e Lacan. Este último consiste em analisar a relação da neurótica obsessiva com a mãe, a suplência materna, a partir do mito de Perséfone e Deméter. O percurso metodológico utilizado foi a revisão da literatura pertinente ao tema e o uso de vinhetas clínicas, que visam a uma discussão teórica e clínica acerca da estrutura da neurose obsessiva na mulher, à luz da psicanálise. Conclui-se o trabalho indagando à neurótica obsessiva: o que é ser uma mulher? Possivelmente, sua resposta seria: é ser sustentada pelo por um significante fálico e o quanto a marca de feminilidade em seu corpo é antagônica. PALAVRAS-CHAVES: Psicanálise, clínica, neurose obsessiva, feminino, desejo.