Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Figueiredo, Amanda Braga de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2585
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Resumo: |
Infecções por Leishmania podem resultar num amplo espectro de manifestações clínicas, e o resultado da doença é determinado pela espécie do parasito e a resposta imune do hospedeiro. Células dendríticas desempenham um papel essencial na modulação da resposta imune, incluindo durante a infecção por Leishmania. O ATP extracelular exibe propriedades pró-inflamatórias, enquanto a adenosina é um importante mediador antiinflamatório. Baseados nessas observações, nosso objetivo foi investigar os efeitos da infecção por Leishmania na resposta de células dendríticas e a participação da sinalização purinérgica nesse processo. Células dendríticas derivadas de medula óssea de camundongos C57BL/6J foram infectadas com promastigotas metacíclicas de L. amazonensis, L. braziliensis ou L. major marcadas com CFSE (numa proporção de 3 parasitos por célula dendrítica). Células infectadas reduziram a expressão de MHCII e CD86, independentemente da espécie de parasito utilizada. A expressão de CD40 foi significativamente maior em células dendríticas infectadas com L. braziliensis ou L. major, quando comparadas a células dendríticas não infectadas. Por outro lado, a expressão de CD40 não foi alterada em células dendríticas infectadas com L. amazonensis, e estas células apresentaram uma capacidade reduzida de induzir a proliferação de linfócitos T, durante a reação mista de leucócitos e o ensaio de proliferação antígeno-específica. Para tentar descrever os mecanismos envolvidos nesses processos, inicialmente analisamos a produção de IL-10 em sobrenadantes de cultura por ELISA e não encontramos diferenças entre culturas controles e culturas de células dendríticas infectadas. O bloqueio do receptor de IL-10 pelo anticorpo 1B1.3a restaurou parcialmente a expressão de MHCII e CD86 em células dendríticas infectadas com L. braziliensis ou L. major, mas não em células dendríticas infectadas com L. amazonensis. A co-expressão das ectonucleotidases CD39 e CD73 e a atividade enzimática destas enzimas foram significativamente aumentadas em células infectadas e a inibição da hidrólise do ATP extracelular por suramina aumentou a expressão de MHCII e CD86 nestas células, independentemente da espécie de parasito utilizada. Curiosamente, a presença de MRS1754, um antagonista altamente seletivo do receptor de adenosina A2B, no momento da infecção, aumentou a expressão de MHCII, CD86 e CD40 somente em células dendríticas infectadas com L. amazonensis, células com expressão diferenciada desse receptor, e recuperou a capacidade de células dendríticas de induzirem a proliferação de linfócitos T. Concluindo, diferentes espécies de Leishmania utilizam mecanismos diferentes para evadir a resposta imune, e propomos que a atividade ectonucleotidásica e a ativação do receptor A2B de células dendríticas podem ser utilizadas por L. amazonensis para esse fim. |