Efeitos corrosivos encontrados em materiais magnéticos empregados em ortodontia.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Itabaiana Sobrinho, Sisenando
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2460
Resumo: O emprego de ligas magnéticas permitiu a criação de novas opções em terapias odontológicas, especialmente na Ortodontia, onde a sua utilização já é bastante difundida. A inovação no emprego dos magnetos veio com a introdução de novas ligas magnéticas à base dos elementos terras raras pertencentes à família dos lantanídeos, como as ligas de samário-cobalto (SmCo5) e neodímio-ferro-boro (Nd2Fe14B). Magnetos fabricados com as ligas acima são 20 vezes mais fortes que os magnetos de alumínio-níquel-cobalto. Entretanto, a liga de Nd2Fe14B embora seja três vezes mais forte que SmCo5 é 240 vezes mais susceptível a corrosão em meio bucal. No presente trabalho realizou-se a caracterização estrutural, morfológica e magnética da liga magnética de Nd2Fe14B para emprego ortodôntico e analisou-se as forças magnéticas e os campo magnéticos além do comportamento corrosivo dos magnetos. Para simular o meio bucal e realizar os teste corrosivos os 16 magnetos revestidos em ouro prata (por deposição eletrolítica) foram imersos em uma solução de ácido lático a 1% por um período de 70 dias e os valores de seus campos magnéticos aferidos semanalmente por uma sonda Hall. O elemento Fe liberado na solução ácida foi dosado semanalmente através da espectroscopia de absorção atômica. As amostras magnéticas corroídas foram submetidas às microanálises por meio de MEV e microssonda eletrônica (EDS) nos períodos de 14, 21 e 70 dias (final dos experimentos). Ao final do experimento, foram submetidas à análise de difração de raios X. Foram empregados os testes estatísticos t e ANOVA para verificar diferenças entre as médias dos campos magnéticos de ambos os grupos magnéticos e correlacionar o processo de corrosão dos magnetos com o tempo de experimento respectivamente. A caracterização inicial do material foi feita através de difratometria de raios X, análise térmica (TG/DTA), microscopia eletrônica de varredura e microssonda eletrônica (EDS e WDS). Para as medidas de forças magnéticas, foram empregados magnetos dispostos atrativos e repulsivamente, uma balança de precisão e um aparelho traçador de alturas. Na realização das medidas da variação do campo magnético, foram empregados magnetos em configuração atrativa: um magneto foi posicionado em uma haste vertical fixa e um segundo adaptado a um posicionador x,y e dependência angular. As medidas foram feitas com emprego de uma sonda Hall. Os resultados iniciais das microanálises evidenciaram um magneto constituído predominantemente pela fase Nd2Fe14B, revestidos em Au, Ag, Cu e Ni em 3 camadas. As forças geradas pelos magnetos em ambas as configurações, mostraram-se compatíveis para geração de movimentos ortodônticos preferencialmente à curtas distâncias e baixos ângulos entre os magnetos. As amostras magnéticas de ambos os grupos sofreram corrosões evidenciadas pelo aumento da liberação do elemento Fe e confirmadas pela análise de DRX. A formação de novas fases não ferromagnéticas propiciou uma decaimento das medidas dos campos magnéticos. O teste t mostrou que as diferenças entre as médias de decaimento não foram significativas 0,7333 mV para os de ouro e 0,6803 mV para os de prata. Ocorreu uma diminuição significativa do campo magnético em função do tempo em que os magnetos de ouro e prata estiveram imersos na solução de ácido lático (F= 46,91, gl= 9; p<0,001). Verificou-se uma heterogeneidade dos magnetos do ponto de vista de fabricação (via metalurgia do pó) e /ou do processo de recobrimento via deposição eletrolítica. Diante disto, para que este material seja utilizado no meio bucal com eficácia mecânica e biocompatibilidade efetiva, é recomendado que o mesmo esteja hermeticamente selado.