Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Santiago, Iara Furtado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3155
|
Resumo: |
Apesar das relações ecológicas, evolutiva e do potencial biotecnológico de muitos microrganismos, pouco se conhece da micota presente no continente Antártico. Desta forma, este trabalho teve como objetivo detectar a presença de metabólitos bioativos produzidas por fungos endofíticos associados as angiospermas antárticas Deschampsia antarctica Desv. (Poaceae) e Colobanthus quitensis quitensis (Kunth) Bartl. (Caryophyllaceae). Dos 564 isolados de fungos endofíticos, 251 foram obtidos de C. quitensis e 313 de D. antarctica. Estes fungos foram cultivados em Agar Batata Dextrosado por 15 dias a 15°C para obtenção dos extratos brutos. Os 477 extratos obtidos foram avaliados quanto a proliferação celular das linhagens de células tumorais humanas MCF-7 (glândula mamária), UACC-62 (melanoma) e TK-10 (renal); e de formas amastigota de Leishmania amazonensis e Trypanosoma cruzi. Após a triagem, seis extratos foram ativos sobre a proliferação de pelo menos uma das linhagens de células tumorais. Destes, quatro extratos apresentaram inibição sobre MCF-7, um sobre TK-10 e um sobre UACC-62. Nenhum extrato foi ativo para duas ou mais linhagens de células tumorais, sugerindo uma seletividade dos extratos testados. Vinte sete extratos obtidos de fungos associados a D. antarctica foram ativos contra L. amazonensis. Nenhum extrato foi capaz de inibir o crescimento de T. cruzi. Todos os isolados ativos foram identificados por meio do sequenciamento da região espaçadora transcrita interna (ITS) do gene do rRNA. Os seguintes gêneros foram identificados: Alternaria, Cadophora, Helgardia, Microdochium, Phaeosphaeria, Oculimacula e Ypsilina. Os extratos de dois isolados de Microdochium phragmitis (UFMGCB 2479 e UFMGCB 2656) apresentaram os menores valores de CI50 (8 e 12,5 μg/mL, respectivamente) sobre as linhagens de células tumorais. Os extratos dos táxons UFMGCB 2672 (não identificado) e Phaeosphaeria sp. UFMGCB 2669 foram ativos sobre L. amazonensis com valores de CI50 de 0,2 e 0,4 μg/mL, respectivamente. Os resultados obtidos neste estudo contribuem para o conhecimento do potencial biotecnológico da micota endofítica associadas a plantas endêmicas do ecossistema antártico. Estes fungos podem representar uma fonte promissora de metabólitos protótipos para o desenvolvimento de novas drogas, em especial contra doenças negligenciadas. |