Avaliação das atividades de Hortia brasiliana Vand Ex DC. como anti-ulcerogênica gástrica, cicatrizante e anti-fúngica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Marcondes, Hélcio Cassemiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2144
Resumo: A espécie Hortia brasiliana Vand. Ex Dc. conhecida popularmente como “paratudo” é utilizada popularmente em distúrbios gastrointestinais e cicatrizante. Neste trabalho avaliou-se a atividade gastroprotetora, cicatrizante e tóxica de cascas de Hortia brasiliana. O material vegetal foi coletado no Município de Mariana, Minas Gerais, e a exsicata depositada no Herbário José Badini da Universidade Federal de Ouro Preto. Foram preparados extratos etanólicos da casca da espécie estudada e realizados inicialmente estudos de classes de metabólitos secundários biológicos onde foi verificado a presença de alcalóides, esteróides, triterpenoides e taninos. O perfil cromatográfico por CLAE sugeriu a presença do alcalóide Ruteocarpina. Para cumprir os objetivos propostos, foram preparadas formulações (dos extratos etanólicos de Hortia brasiliana) do tipo suspensão e nanoemulsão utilizadas nos testes de atividade farmacológicos em animais. As lesões gástricas foram induzidas por Etanol absoluto e AINEs sendo tratadas com as duas formulações em 3 doses.O modelo de indução utilizando Etanol Absoluto conferiu para a suspensão de Hortia brasiliana na dose de 100 mg/Kg menor área de lesão formada (0,034± 0,02 cm2) e menor índice de lesão ulcerativa (11,00±1,92). As lesões utilizando a indometacina como agente ulcerante apresentou menor área de lesão formada (0,07±0,02)x10-2 cm2) e menor índice de lesão ulcerativa (6,83±2,60) para o tratamento realizado com a formulação nanoemulsão do extrato na dosagem de 100 mg/Kg. Para o estudo do poder cicatrizante em lesões gástricas foi utilizado o modelo de indução de úlcera por queimadura, tendo o ácido acético como indutor de lesões, apresentando a nanoemulsão, dose de 100 mg/Kg, menor área total lesada (0,04±0,06 cm2). A avaliação anti-secretora do extrato de Hortia brasiliana foi realizada utilizando o modelo de ligadura do piloro não apresentando resultados significantes. A ranitidina e o omeprazol foram os fármacos de referência nos estudos de atividade gástrica da espécie analisada. A atividade sequestradora de radicais livres foi realizada mediante a reação do extrato da planta com o radical livre DPPH, as análises permitiram concluir que a planta não possui atividade antioxidante. O ensaio de letalidade utilizando Artemia salina sp apresentou DL50 igual a 190 μg/mL permitindo a previsão da potencial atividade citotóxica da planta. Por fim foi realizados estudos sobre a atividade antifúngica do extrato etanólicos da planta, resultando em uma CIM de 256 μg/mL para as espécies de C. Albicans, C. tropicalis, C. parapsilosis e C. krusei.