Ordens terceiras e o ultramontanismo em Minas : catolicismo leigo e o projeto reformador da Igreja Católica em Mariana e Ouro Preto.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Gomes, Daniela Gonçalves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2400
Resumo: O presente trabalho consiste no estudo sobre o universo das Ordens Terceiras de Nossa Senhora do Carmo e de São Francisco de Assis das cidades de Mariana e Ouro Preto, no período que compreende os anos de 1844 e 1875, período do Bispado de D. Viçoso. O seu objeto está circunscrito às questões que abarcam as relações que estas instituições estabeleceram com a Diocese de Mariana. Interações marcadas por fortes laços de proteção, mas também por uma atmosfera de desconfianças. Neste contexto, porém, D. Viçoso não (re)cria táticas para modificar as expressões do sentir religioso e para censurar as práticas costumeiras das confrarias. Encontramos um estreitamento das relações da Diocese com as Ordens Terceiras. Na análise foi utilizado um corpo documental de procedências diversas, que incluem documentos provenientes das ordens terceiras e fontes oriundas do poder civil e eclesiástico. Este conjunto foi alvo de análises qualitativas e quantitativas. Os resultados nos possibilitaram sugerir, portanto, que o tipo de catolicismo que estas organizações praticavam, em certa medida, pode ser considerado um catolicismo plural, que mescla cotidianamente elementos da ortodoxia oficial da Igreja Católica com elementos de uma religiosidade popular. Portanto, concluímos que o catolicismo no século XIX é um amálgama, um imenso mosaico que se caracteriza como uma instituição híbrida e maleável diante das inúmeras expressões da fé católica, oriundas de vários segmentos sociais e culturais.