Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Batista, Kamila Felipe |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto.
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/3226
|
Resumo: |
A ereção peniana é resultado da complexa interação nervosa central e periférica que induz mudanças nos tecidos eréteis penianos. O mecanismo da ereção inicia com o aumento da atividade parassimpática com liberação de neurotransmissores vasodilatadores levando ao relaxamento do músculo liso peniano e arteriolar. Esse relaxamento permite um aumento do influxo sanguíneo peniano e da pressão intracarvernosa e consequente rigidez peniana. O NO é o principal neurotransmissor vasodilatador responsável pela dilatação peniana. Dados anteriores do nosso grupo mostraram que o peptídeo Ang-(1-7) apresenta efeito pró-erétil devido a vasodilatação do tecido peniano com liberação do NO. Este estudo tem como objetivo comparar o efeito pró-erétil da Ang-(1-7) livre, da Ang-(1-7) incorporada à ciclodextrina [HPβCD/Ang-(1-7)] e de seu análogo não-peptídico AVE 0991. Visa ainda avaliar a participação do receptor Mas, por meio de bloqueio competitivo com o peptídeo A-779 em ratos Wistar machos de 270-300g. Para isso foram utilizadas duas metodologias: a avaliação da resposta erétil, em ratos conscientes, através do modelo de ereção induzido por apomorfina e avaliação do índice de ereção induzidos por estimulação ganglionar em ratos anestesiados. Em ratos conscientes, a Ang-(1-7) livre administrada subcutâneamente, além de induzir a resposta erétil, na dose de 400 pmol/kg, foi capaz de facilitar a ereção induzida por apomorfina na dose de 300 pmol/kg. Em ratos anestesiados a Ang-(1-7) também foi capaz de facilitar a ereção induzida por estimulação ganglionar quando administrada subcutaneamente (300 pmol/kg) e quando infudida intracavernosamente (15 pmol/kg/min). A administração prévia (6h) de Ang-(1-7) incorporada à ciclodextrina [HPβCD/Ang-(1-7)], administrada por via oral, induziu a ereção em ratos conscientes na dose de 33,4 nmol/kg e facilitou a resposta erétil na dose de 3,67 nmol/kg. Em ratos anestesiados, a dose de 3,67 nmol/kg de HPβCD/Ang-(1-7) foi capaz de aumentar significativamente o índice de ereção, enquanto a dose de 33,4 nmol/kg de HPβCD/Ang-(1-7) reduziu a resposta erétil induzida por estimulação ganglionar, indicando o envolvimento de diferentes vias de sinalização dependente da dose. O análogo não-peptídico da Ang(1-7), o composto AVE 0991, administrado por via oral, 1h antes, foi capaz de potencializar a ereção no modelo de ratos conscientes e no modelo de ratos anestesiados. A administração subcutânea do antagonista seletivo do receptor Mas, o A-779, bloqueou a indução e facilitação da ereção pela Ang-(1-7) e a facilitação da ereção pelo composto AVE 0991 em ratos conscientes demonstrando a participação do receptor Mas na resposta erétil. Assim, os resultados obtidos evidenciam que Ang-(1-7) livre, HPβCD/Ang-(1-7) e o análogo não-peptítico AVE-0991 são capazes de potencializar a ereção peniana através da ativação do receptor Mas, confirmando o potencial da manipulação do eixo ECA2/Ang-(1-7)/receptor Mas para o tratamento de disfunção erétil. |