Variabilidade interanual (10 anos) da comunidade zooplanctônica na região costeira do Espírito Santo, em área sob influência de efluente industrial aquecido.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Campelo, Rodolfo Pessotti Messner
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais. Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente, Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2861
Resumo: Na ultima década (1998-2007) foram realizadas coletas de dados bióticos (zooplâncton) e abióticos (temperatura e salinidade), nas águas da região costeira adjacente à Praia Mole, no Espírito Santo, com o objetivo de monitorar os efeitos potenciais do descarte de um efluente industrial aquecido sobre a comunidade zooplanctônica. O presente estudo teve como principal objetivo analisar os dados gerados por este monitoramento observando a variabilidade interanual ambiental e da comunidade zooplanctônica ao longo de dez anos de amostragens. Os resultados obtidos indicaram uma clara distinção entre o ponto amostral sob influência direta do efluente industrial, que apresentou média térmica da água superior em 2oC aos demais sítios amostrais. A comunidade zooplanctônica também apresentou variação espacial expressiva em densidade e diversidade, com menores densidades nas áreas mais próximas do descarte industrial e maior diversidade junto à porção mais costeira e sob influência direta do efluente. Com relação aos copépodos, táxons mais representativos da comunidade zooplanctônica, os resultados sugerem que os gêneros Acartia, Paracalanus e Temora podem representar importantes sinalizadores de variabilidade ecossistêmica de longo prazo em águas costeiras. Esses copépodos apresentaram uma variabilidade espacial em suas populações, consistentes com as diferenças ambientais observadas nos sítios amostrais, especialmente naqueles sob maior influência do efluente aquecido. Coletivamente, essas respostas indicam que embora a composição de espécies possa permanecer constante ao longo dos anos, os padrões de abundância são muito mais variáveis e mais afetados pelas alterações ambientais, apenas perceptíveis quando analisadas em larga escala temporal.