Utilização de resíduos da exploração do itabirito em pavimentos intertravados.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Freire, Carolina Braccini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2993
Resumo: A exploração da areia de rio no estado de Minas Gerais como agregado na indústria da construção civil vem crescendo gradativamente. Por ser uma atividade predatória e informal, a busca por novas alternativas de materiais como agregado se torna cada vez mais evidente. Em contrapartida, o beneficiamento do itabirito como minério de ferro gera enormes quantidades de resíduo, que se encontra estocado em barragens/pilhas. Por estar muito disponível, foi proposto investigar sua utilização como agregado em blocos de pavimentação, visando ao seu aproveitamento e substituição de agregados naturais. Desta forma, o resíduo foi classificado segundo normas ambientais e caracterizado quanto às suas propriedades granulométricas, físicas, elementares, mineralógicas e morfológicas. A técnica de cimentação, já bem compreendida na etapa de condicionamento/imobilização da Gerência de Rejeitos Radioativos, foi utilizada para auxiliar na confecção de diferentes formulações de argamassas, por meio do planejamento fatorial, variando-se o traço, a relação água/cimento e o tipo de cimento utilizado. As respostas verificadas nas argamassas frescas foram viscosidade, densidade e tempo de pega e nos produtos solidificados, a densidade, o índice de vazios e a resistência à compressão em diferentes idades (7, 28, 90, 150 e 300 dias). Os resultados indicaram que dos 90 aos 300 dias apenas o traço é significativo para a resistência à compressão, sendo maiores para as argamassas com o traço 1:2 e que, após esse tempo, todos os resultados não são mais diferentes entre si, com 10% de significância. Foram testados também dois superplastificantes e dois pigmentos, na formulação escolhida que apresentou melhor custo benefício (cimento CPV, traço 1:2,5 e relação água/cimento igual a 0,80). Por apresentarem resultados distintos, principalmente com relação à resistência à compressão (o superplastificante Viscocrete 20HE apresentou maior valor a 0,9% em massa de cimento e o Viscocrete 5700, a 0,3%), os superplastificantes foram caracterizados quanto às suas propriedades físico-químicas, composição química e característica estrutural e os resultados de porcentagem de enxofre e de presença de grupos aromáticos na estrutura do 5700 justificaram essas diferenças. O uso de pigmentos aumentou a resistência dos corpos de prova e foi mais efetivo para o pigmento vermelho aos 16% (de 13,13 para 18,09MPa) e aos 8% de pigmento natural (de 13,13 para 16,16MPa), sendo que esses resultados não foram diferentes entre si. Uma instalação piloto também foi projetada para averiguar a reprodução dos resultados obtidos em laboratório. Os resultados indicaram que ocorreu repetitividade, mas não reprodutibilidade e uma possível justificativa para isso foi o fato de que os resíduos utilizados em cada situação apresentavam teores de umidade diferentes. O resíduo utilizado em escala piloto estava com teor de umidade acima da umidade crítica e, por isso, o coeficiente de inchamento médio, CIM, deveria ter sido utilizado no cálculo do volume de agregado úmido. Foi possível, portanto, produzir blocos de pavimentação utilizando o resíduo como agregado em escala piloto e eles podem ser utilizados em calçadas e estacionamentos.