Associação do polimorfismo inserção/deleção do gene dipeptilcarboxipeptidase (DCP1) com fatores de risco para doenças cardiovasculares em escolares.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Neves, Cristiane Vilas Boas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2589
Resumo: Foi realizado estudo epidemiológico transversal descritivo das associações entre fatores de risco para DCV (antropométricos, bioquímicos e clínicos) e o polimorfismo de inserção e deleção (In/Del) do gene da enzima conversora de angiotensina (DCP1) em escolares do ensino fundamental. O polimorfismo In/Del DCP1 foi determinado a partir do DNA obtido de 773 amostras de sangue pela amplificação por reação em cadeia da polimerase (PCR). As crianças foram agrupadas conforme o genótipo apresentado (DD, homozigotas para deleção; ID, heterozigotas e II, homozigotas para inserção) e variáveis contínuas (peso, altura, IMC, CC, %GC, glicose, colesterol total, HDL-c, LDL-c, triglicerídeos e pressão arterial) foram comparadas entre os grupos de genótipos considerando a amostra total e após estratificar por sexo e por maturação sexual. Observou-se que os níveis glicêmicos para as crianças DD (83,57 mg/dl) eram estatisticamente maiores que das crianças II (81,81 m g/dl) resultado similar foi encontrado ao avaliar os meninos no estádio pós-púbere. Os meninos DD também apresentaram percentual de gordura corporal estatisticamente maior que os meninos ID. Adicionalmente os meninos DD apresentaram níveis da pressão arterial diastólica (60,50 mmHg) menores do que meninos ID (61,56 mmHg) seguidos dos meninos II (63,21 mmHg), comportamento similar encontrado para todas as crianças no estádio puberal. Ao avaliar os meninos estratificados por estádio de maturação sexual, foram observadas associações apenas no estádio pré-pubere e pós-púbere. No estádio prépúbere, além de manter o comportamento para o percentual de gordura corporal mencionado, os meninos DD apresentaram níveis de TG (78,73 mg/dl) e IMC (17,49 Kg/m2) maiores do que meninos ID (16,31 mg/dl; 16,31 Kg/m2); e no estádio póspuberal, o comportamento da pressão arterial alterou, os meninos DD (113,8 mmHg) apresentaram níveis da pressão sistólica maiores do que os meninos ID (107,1 mmHg). Para as meninas foram encontradas associações entre as variáveis avaliadas e o polimorfismo apenas após a estratificação por estádio de maturação sexual. Observou-se que na fase pós-puberal as meninas DD apresentavam fenótipo associado ao menor risco para DCV que meninas ID ou II. Nossos resultados indicam uma interação entre o polimorfismo In/Del do gene DCP1 e fatores hormonais na determinação de fenótipos associados ao risco de DCV em crianças e adolescentes.