Avaliação do balanço autonômico cardíaco de ratos submetidos a uma dieta hipoprotéica.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Martins, Carlito D'Angelo Drumond
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2603
Resumo: Estudos anteriores do nosso laboratório demonstraram, em ratos, que a desnutrição protéica pós desmame promove aumento dos níveis basais de freqüência cardíaca (FC) e pressão arterial média, além de aumentar a variabilidade destes parâmetros. Foram demonstrados também aumento na sensibilidade do reflexo baroreceptor e aumento da atividade do sistema reninaangiotensina nesses animais. No presente estudo avaliamos o balanço autonômico cardíaco, assim como o tônus simpático e parassimpático para o coração de ratos desnutridos. Foram utilizados 30 ratos Fischer, machos, divididos em 2 grupos: controle (n=16) que recebeu dieta com 15% de proteína e desnutrido (n=14), 6% de proteína. Os animais desnutridos apresentaram FC elevada em relação ao grupo controle (432±16 vs. 367±5 bpm). Após administração de atropina (anticolinérgico antimuscarínico) observamos um aumento da FC do grupo controle (371±6 vs. 427±15 bpm), enquanto a FC do grupo desnutrido não se alterou (438±24 vs. 472±38 bpm). A administração de metoprolol (bloqueador 1-adrenérgico) promoveu uma redução da FC no grupo desnutrido (428±24 vs. 355±16 bpm) mas não alterou a FC do grupo controle (363±8 vs. 363±8 bpm). O duplo bloqueio promoveu redução da FC no grupo desnutrido (342±14 bpm) sem alterar a FC no grupo controle (382±6 bpm). Além disso, a FC intrínseca (após o duplo bloqueio) do grupo desnutrido se mostrou menor que o grupo controle. A avaliação do tônus simpático e parassimpático fornece informações sobre a capacidade de cada um desses braços em alterar a FC intrínseca. O tônus simpático está aumentado nos animais submetidos à dieta hipoproteica quando comparado ao grupo controle (131±17 vs. 41±11 bpm). Já a participação parassimpática encontra-se diminuída nos animais desnutridos quando comparada ao controle (8±5 vs. -22±9 bpm). A análise da variabilidade da FC no domínio da freqüência demonstrou um predomínio do braço simpático sobre o parassimpático. A relação LF/HF dos animais desnutridos se mostrou aumentada em relação ao controle (0,43±0,03 vs. 0,34±0,02). Os resultados apresentados indicam que a restrição protéica foi capaz de promover uma disfunção autonômica cardíaca em ratos. Tal disfunção envolve tanto o aumento da atividade simpática cardíaca quanto uma redução da atividade vagal.