Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Souza, Melina Oliveira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto.
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.repositorio.ufop.br/handle/123456789/2696
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Resumo: |
O açaí (Euterpe oleraceae Martius) é um fruto tipicamente brasileiro e economicamente importante. Relatos populares indicam um efeito positivo do uso medicinal do seu suco e trabalhos que descrevem sua composição demonstraram a presença de compostos fenólicos, fibras, ácidos graxos insaturados e fitosteróis, componentes dietéticos relacionados com o controle da hipercolesterolemia e do balanço redox fisiológico. Assim, o objetivo desse trabalho foi avaliar in vivo algumas propriedades funcionais do açaí, especialmente os efeitos hipocolesterolemiante e antioxidante, em ratos controles e hipercolesterolêmicos alimentados com a polpa do açaí. Ratos Fischer (fêmeas) foram divididos em quatro grupos (8 animais por grupo): grupo C recebeu dieta padrão AIN-93M (4% óleo de soja); grupo H recebeu dieta hipercolesterolemiante (25% de óleo de soja e 1% de colesterol); grupo CA recebeu dieta padrão suplementada com 2% de açaí e grupo HA recebeu dieta hipercolesterolemiante suplementada com 2% de açaí. Os animais foram alimentados ad libitum por 8 semanas. Os dados foram analisados por ANOVA, análise bivariada. Diferenças de P<0,05 foram consideradas significativas. Como esperado a dieta hipercolesterolemiante provocou um aumento do colesterol sérico total e da fração não-HDL e uma diminuição do colesterol HDL. Redução na atividade da paraoxonase e aumento na atividade da superóxido dismutase foram também observados. A adição de açaí, tanto na dieta hipercolesterolemiante quanto na padrão, mostrou efeito positivo. Os animais do grupo HA apresentaram redução de 33% nos níveis séricos de colesterol total e da fração não-HDL, quando comparados aos animais do grupo H. Além disso, a atividade da Paraoxonase – Arilesterase foi aumentada significativamente quando ambas as dietas eram suplementadas com o açaí (C: 37.1 ± 7.6U/mL / CA: 65.17 ± 7.45 U/mL / H: 16.7 ± 3.24U/mL / HA: 27.39 ± 9.09U/mL). A atividade da Superóxido Dismutase e a concentração de Glutationa Total também foram aumentadas no grupo H e a presença de açaí na dieta hipercolesterolemiante reverteu este efeito. Além disso, foi observada uma redução de 48% na concentração de proteína carbonílica (produto de oxidação protéica) nos animais onde as dietas foram suplementada com açaí (grupos CA e HA) comparado aos grupos C e H. Nossos resultados mostram que o consumo da polpa de açaí melhora o status antioxidante e o perfil lipídico em um modelo animal de hipercolesterolemia induzida pela dieta, sugerindo ter o açaí um valor significativo como alimento funcional. |