A pesca do Acari (Pterygoplichthys pardalis) em sistemas de co-manejo na várzea do Baixo Amazonas, Pará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: LIMA, Ericleya Mota Marinho
Orientador(a): MCGRATH, David Gibbs
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento
Departamento: Instituto de Biodiversidade e Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/376
Resumo: No Baixo Amazonas, a espécie Pterygoplichthys pardalis, popularmente conhecida na região como acari, é uma das dez principais espécies das pescarias regionais e, por este motivo, esta pesquisa avalia a pesca deste peixe, identificando os principais fatores que influenciam as capturas nos sistema de co-manejo em comunidades de várzea do Baixo Amazonas, localizadas nos municípios de Santarém e Alenquer, Pará. Foi realizada pesquisa de campo nas comunidades Pixuna e Tapará Miri, no munícipio de Santarém e Salvação no município de Alenquer. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas, observação, monitoramento participativo da pesca e amostragem de espécimes de acari. Os resultados indicam que a pesca de acari é importante tanto para o consumo quanto para a economia das famílias. As capturas ocorrem com mais frequência entre julho e novembro (período de vazante e seca) utilizando tarrafas. . Os lagos de várzea são os principais ambientes de captura da espécie ao longo do ano. Os acaris, diferente da maioria dos peixes amazônicos, são comercializados vivos e em unidades. Na comunidade Salvação também é vendido em forma de farinha (piracuí) produzida artesanalmente. A pesca é influenciada pelas regras de manejo criadas pelas comunidades, pela demanda de mercado, pelo conhecimento empírico do pescador e pela sazonalidade local. As localidades que possuem as regras de manejo mais rígidas, como a restrição de determinados apetrechos de captura, são aquelas que apresentam os estoques mais saudáveis. Os pescadores possuem conhecimento refinado, comparável ao conhecimento científico encontrado na literatura, sobre aspectos biológicos e ecológicos do acari, sendo esse conhecimento aceitável para o manejo sustentável da espécie. Tais resultados contribuem para o entendimento de como a pesca do acari se desenvolve atualmente na área de estudo e podem auxiliar no manejo e na conservação deste recurso que é emblemático para o Baixo Amazonas.