Copal do Brasil: ocorrência e caracterização físico-química da resina jutaicica de Santarém

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: CORRÊA, João José Lopes lattes
Orientador(a): SANTOS, Manoel Roberval Pimentel
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia
Departamento: Instituto de Engenharia e Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/136
Resumo: Jutaicica é a denominação regional na Amazônia paraense para resina exsudada do tronco de árvores do gênero Hymenaea L. (Fabaceaea), um produto florestal comercialmente conhecido como ‘Copal do Brasil’. É descrita a ocorrência do recurso copal na Floresta Ombrofila Densa das Terras Baixas na região de Santarém, no estado do Pará, e amostras da resina são caracterizadas e diferenciadas por espectroscopia e técnicas termoanalíticas. Durante séculos a resina copal foi utilizada na manufatura de verniz, mas completamente substituída pela resina sintética em décadas recentes. A importância deste estudo é devido a necessidade de familiarização, compreensão e melhor precisão em abordagens subsequentes para valorização da imensa e pouco explorada diversidade dos produtos florestais não madeireiros da Amazônia. O resgate de informações históricas revela que o mercado nacional era abastecido principalmente pelo produto originário do estado do Pará proveniente do município de Santarém. Árvores das espécies Hymenaea courbaril L. e H. parvifolia Huber, coletadas na faixa ribeirinha de terra firme no vale do rio Tapajós, Curuá-Una e afluentes navegáveis são as fontes primitivas do produto. Os lotes de resina provenientes das duas fontes botânicas principais podem ser diferenciados visualmente. O material proveniente de H. courbaril é predominantemente transparente e de coloração clara enquanto que H. parvifolia produz resinas frequentemente leitosas e de coloração mais escura. As curvas termoanalíticas e espectros mostram os padrões de resinas do tipo copal, permitindo distinguir entre as fontes botânicas. A termoanálise sugere menor conteúdo de material polimerizado na resina de H. parvifolia. Os espectros no infravermelho e de ressonância magnética nuclear do carbono 13 no estado sólido mostram a maior homogeneidade das resinas de H. courbaril, e as diferenciam das resinas de H. parvifolia através da intensidade de picos de absorção relacionados a grupos olefínicos e oxigenados.