Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
RAMOS FILHO, José Roberto Branco
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Orientador(a): |
LIMA, Celson Pantoja
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biociências
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Departamento: |
Instituto de Biodiversidades e Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/61
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Resumo: |
Ecossistemas de inovação podem ser entendidos como um conjunto complexo de entidades interdependentes, inter-relacionadas, conectadas por fluxos materiais, financeiros, de pessoas e de conhecimento, com elevada capacidade de criar novo conhecimento, transformá-lo, difundi-lo e aplicá-lo na forma de inovações de maneira continuada. Como tal, podem ser observados em grandes organizações, em regiões, em indústrias, ou na cadeia de valor no entorno de um produto. Podem ser estudados de muitos pontos de vista e cortes geográficos, de maneira que o ponto de vista de análise ajudará a delimitar os componentes e as fronteiras do ecossistema, ainda que estas delimitações sejam fluidas e dinâmicas. Um ambiente com estas características, embora não seja de fácil criação, pode ocorrer de variadas formas, não havendo uma receita única para sua composição e funcionamento. Tal complexidade clama por modelos que simplifiquem sua análise, trazendo o foco para os elementos essenciais ao entendimento, ainda que para a compreensão total da realidade o uso de vários modelos com diferentes pontos de vista sejam necessários. É nesta lacuna que está a contribuição deste trabalho. Propõe-se um modelo para a análise de ecossistemas de inovação baseado em fluxos de conhecimento, cuja existência é condição necessária, embora não seja suficiente, para o funcionamento continuado do ecossistema. O modelo conceitual apresentado se baseia em conjuntos de papéis desempenhados pelas entidades que compõem um ecossistema no que tange ao conhecimento que nele flui. São estes os papéis de geração de conhecimento, consumo de conhecimento, difusão de conhecimento e integração de entidades, podendo-se citar também o importante papel da transformação de conhecimento científico em tecnológico que está implícito a atuação das entidades em alguns destes papéis. Apenas as entidades detentoras de conhecimento útil ao ecossistema em estudo e aquelas que as conectam farão parte desta análise. As entidades que compõem o ecossistema são conectadas por relações caracterizadas por fatores que afetarão o fluxo de conhecimento entre elas, como o nível de confiança e a distância geográfica e relacional. O ambiente onde estas entidades estão imersas também faz parte do ecossistema, representado pelos seus elementos de sustentação, pelos seus mecanismos de seleção e pela sua demanda. Para a prova conceitual do modelo e o teste das hipóteses que inicialmente nortearam sua criação, um modelo computacional baseado em agentes foi criado. Flexível, o modelo instanciado permite a simulação de diversos cenários, dentre os quais foi selecionado um conjunto destinado a avaliar o comportamento dos agentes em situações estáticas e dinâmicas, com diferentes populações de agentes engajados nos papéis referentes ao conhecimento, capazes de adaptar sua motivação em aprender de acordo com suas experiências ao longo das simulações. Estes cenários foram avaliados para determinar se o conjunto de agentes, naquelas condições, formariam um ecossistema de inovação. |