Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
GARCIA, Luiz Felipe dos Santos Pinto
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Orientador(a): |
TORRES, Maurício |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia
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Departamento: |
Instituto de Engenharia e Geociências
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/608
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Resumo: |
Esse trabalho busca descrever a autodemarcação e retomadas realizadas pelos Borari e Arapium da TI Maró a partir do ano de 2007. Através de entrevistas abertas e de história oral de vida e da observação direta em campo pude observar que esse processo, consequência da invasão de madeireiras no território tradicional do grupo a partir do início dos anos 2000, contribuiu para ampliar o controle do grupo sobre seu território. O processo descrito nesta pesquisa contribui para o fortalecimento da territorialidade do grupo e de padrões tradicionais de bem-viver. Os conceitos e práticas acionados pelo grupo são oriundos tanto de sua própria cultura como da sociedade ocidental. Eles são articulados para atender ao projeto do grupo de garantia de seu território. Para chegar a essas conclusões, a pesquisa parte de uma análise de ataque aos direitos territoriais indígenas desde início do século XXI, especialmente as propostas contidas na PEC 215/00 e a tese do Marco Temporal. Esses ataques jurídicos e legislativos são interpretados como ferramentas que buscam legitimar um programa econômico baseado na expansão da produção e da exportação de commodities agrominerais. Na América do Sul e no Brasil, esse modelo econômico está claramente expresso, respectivamente, na IIRSA e no PAC. Para compreender o choque entre a territorialização capitalista e a indígena, faço uma reflexão sobre o histórico dos conflitos territoriais na bacia do baixo Tapajós e as reações indígenas à colonização. Também analiso alguns dos aspectos mais importantes da territorialidade dos indígenas do Maró. Essa análise é importante para compreender o conflito instalado pela chegada dos madeireiros e para compreender a autodemarcação e retomada. Por fim, descrevo a autodemarcação e as retomadas na TI Maró, cotejando com outros processos semelhantes, ressaltando aspectos que possam contribuir para compreensão dos mesmos como lutas nativas por território. |