Efeito de Plathymenia reticulata sobre a toxicidade induzida por metilmercúrio, em ratos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: ALMEIDA, Juliana Gama de lattes
Orientador(a): OLIVEIRA, Ricardo Bezerra de lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Programa de Pós-Graduação em Biociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1158
Resumo: O mercúrio (Hg) é um metal reconhecidamente de alta toxicidade já descrita ao longo dos anos. O metilmercúrio (MeHg) é uma das formas orgânicas deste metal que apresenta maior toxicidade por ter mais facilidade de penetrar as membranas celulares dos órgãos e das barreiras hematoencefálica e placentária causando inúmeras consequências sistêmicas no organismo contaminado. Um dos mecanismos em que se baseia a toxicidade do MeHg é a geração em excesso de Espécies Reativas de Oxigênio (EROs) causando estresse oxidativo. P.reticulata é uma espécie vegetal comumente conhecida como vinhático cujo uso na medicina popular é bastante difundido principalmente no norte e centro-oeste brasileiros. O extrato da casca de P. reticulata possui em sua composição taninos, flavonóides e outros grupos de compostos de estrutura fenólica, responsáveis em grande parte pelo efeito antioxidante da planta. O objetivo geral deste estudo foi verificar o efeito do extrato aquoso de P. reticulata mediante a contaminação por MeHg durante 21 dias em ratos através dos testes comportamentais e dosagens de Hg em fígado, rins, cérebro e cerebelo. Foi realizado ainda teste in vitro para avaliar atividade antioxidante do extrato aquoso através do teste do radical superóxido. Foram selecionados para os experimentos 48 ratos Wistar machos de pesagem entre 150 e 200g provenientes do Biotério do Laboratório de Bioprospecção e Biologia Experimental (LabbBex) da Universidade Federal do Oeste do Pará. Os animais foram separados nos seguintes grupos (G) com n=6 em cada: G1 - Água, G2 - P.reticulata 60mg/kg, G3 - P. reticulata 120mg/kg, G4 - P. reticulata 240mg/Kg, G5 – MeHg 4mg/kg, G6 - P. reticulata 60mg/kg+ MeHg, G7 - P. reticulata 120mg/kg+ MeHg, G8 - P. reticulata 240mg/kg+ MeHg. Após 21 dias de administração diária os animais foram submetidos aos testes comportamentais (Labirinto em Y, Caixa Claro-escuro e Rota-rod), posteriormente eutanasiados e por fim feita a coleta de cérebro, fígado e rins para análises. Os resultados dos testes comportamentais mostraram que os grupos que receberam MeHg tiveram memória de curta e longa duração além de função motora afetadas. No labirinto em Y, a % de alternância dos grupos G1, G2, G3, G4, G5, G6, G7 e G8 foram em média de 65; 62; 71; 62; 33; 75; 41; 20% respectivamente. No teste da barra giratória foi observado que os animais de G5, G6 permaneceram menos tempo sobre a barra giratória, em média de 65,75 segundos. Os animais de G7 e G8 não foram capazes de permanecer na barra giratória. As dosagens de Hg mostraram maior concentração do metal respectivamente em fígado, rins, cerebelo e cérebro. A dose de P. reticulata de 60mg/kg mostrou-se de maneira geral mais eficaz na proteção dos danos causados pelo metal aos órgãos e na memória e aprendizado avaliados nos testes de comportamento. A avaliação in vitro do extrato comprovou atividade antioxidante através da inibição dos radicais superóxidos (respectivos % de inibição: 25,6%, 50,92%, 68% 93% para as concentrações 5 µg/mL, 10 µg/mL, 20 µg/mL e 50 µg/mL.)