Análise Sistêmica Temporal de Duas Comunidades Rurais em Projeto de Assentamento na Amazônia Paraense

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Higor Almeida da
Orientador(a): GAMA, João Ricardo Vasconcellos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento
Departamento: Instituto de Biodiversidade e Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/93
Resumo: Os assentamentos de reforma agrária fazem parte das políticas públicas brasileiras como mecanismo do cumprimento da função social da terra, abrigando famílias de agricultores oriundos de várias dinâmicas agrárias do país. Esses assentamentos rurais possibilitam melhorias socioeconômicas aos trabalhadores do campo e seus familiares, em condições muitos variadas e, em geral, com muitas limitações de todas as ordens, as quais são mais bem compreendidas por meio de estudos interdisciplinares e metodologias que permitam uma maior imersão nas realidades. O presente estudo tem por objetivo geral contribuir para a análise das políticas públicas de reforma agrária na Amazônia, a partir de um estudo interdisciplinar sobre os avanços e retrocessos socioeconômicos e ambientais das comunidades São Mateus e Santo Antônio do Projeto de Assentamento Moju I e II, no decorrer de dez anos (2008 a 2018). A pesquisa abordou o potencial de uso e a estrutura das florestas em áreas manejadas; a produção agropecuária familiar considerando as estratégias socioeconômicas dos assentados; os impactos ambientais e medidas mitigadoras nas duas comunidades; e os aspectos relacionados à dinâmica socioeconômica das famílias. A metodologia baseou-se na análise comparativa temporal de dados levantados em 2008 e 2018 por meio dos Diagnósticos Rápido/Rural Participativo (DRP), entrevistas semiestruturadas e observação participante, com auxílio técnico de mapas temáticos, matrizes de interação, superposição de cartas e mediante as análises do potencial madeireiro e não madeireiro das espécies arbóreas. Este estudo indica que a sustentabilidade ecológica, econômica e social, nas comunidades pesquisadas, depende de inúmeros fatores combinados, os quais se destaca a necessidade de aperfeiçoamento dos sistemas de produção e estratégias assistidas nas relações dos assentados com o mercado para que as melhorias nas condições de vida dessas populações sejam sólidas e duráveis com base em políticas públicas mais eficazes para os assentamentos rurais na Amazônia.