Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Nazaré Carneiro da
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Orientador(a): |
MORAES, Waldiney Pires
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biociências
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Departamento: |
Instituto de Biodiversidades e Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/479
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Resumo: |
A malária é um problema de saúde mundial, sendo endêmica em mais de 90 países, responsável por cerca de 212 milhões de casos no mundo.O Brasil reportou 174.522 casos de malária em 2017, um aumento de 48,11% em relação a 2016.Apesar do grande interesse em erradicar a malária, atualmente não temos uma vacina efetiva sendo a profilaxia e o tratamento medicamentoso as formas utilizadas para o controle da doença. A resistência ao tratamento desenvolvida pelo plasmódio ameaça o controle, evidenciando a necessidade de desenvolvimento de novos compostos contra esta doença. Nesse contexto, o presente trabalho estudou o óleo essencial obtido de rizomas de Cyperus articulatus (OECA)para investigar sua composição química , toxicidade aguda e atividades antiplasmódica e antimalárica in vitro e in vivo, respectivamente e fundamentar seu possível uso como alternativa terapêutica no tratamento de malária.Realizou-se a análise da composição química do OECAcoletados na região do Tabocal no município de Santarém, Pará, Brasil, utilizando um cromatógrafo a gás AgilentHP-6890, a avaliação da toxicidade in vivoem camundongos BALB/c conforme o Guia OECD, a citotoxicidade pelo método de MTT com a linhagem celular WI-26VA-4, posteriormente a atividade antiplasmódicain vitro,utilizando cepas de Plasmodium falciparum W2 (cloroquina-resistente) e 3D7 (cloroquina-sensível) cultivadas em hemácias em microplaca de 96 poços e antimalárica in vivo utilizando camundongos da linhagem BALB/c infectados com aproximadamente 106 eritrócitos parasitados pelo P. berghei recebendo tratamento no 4º dia após a inoculação, foram tratados durante 7 dias consecutivos e submetidos a coleta sanguínea para determinação dos parâmetros hematológicos. A caracterização química por GC MS possibilitou a identificação de 37 compostos apresentando a mustacona como composto majoritário. A dose tóxica aguda do OECA é maior que 2000 mg/kg em camundongos BALB/c, classificando-a na categoria 5 do Globally Harmonized Classification System (GHS). In vitro, o OECA apresenta baixa citotoxicidade e alto potencial antiplasmódico (IC50 < 10 µg ml-1 ) frente às duas cepas de P. falciparum testadas.In vivo, reduziu significamente (p< 0,001) a parasitemiainduzida pelo P. Bergheie, consequentemente, obteve melhora dos parâmetros hematológicos nas doses de 100 e 200 mg/kg/dia. Diante do exposto, o OECA representa um produto extraído da Amazônia com potencial antiplasmódico e antimalárico validando o uso popular eviabilizando o OECA como seguro e promissor candidato a medicamento ou fonte de substâncias, sendo necessários estudos complementares. |