Avaliação da germinação e crescimento inicial de espécies florestais arbóreas frente exposição a pesticidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: https://orcid.org/0000-0002-5307-7664 lattes
Outros Autores: SANTOS JÚNIOR, Ivan Alves dos
Orientador(a): LOPES, Ruy Bessa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Programa de Pós-Graduação em Biociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/1156
Resumo: O uso de pesticidas avança rapidamente no mundo, em parte, justificado pelo crescimento populacional. Contudo, muitas vezes essas substâncias são usadas de maneira indiscriminada, acima das doses recomendadas, propiciando a contaminação do solo, águas superficiais e subterrânea, e consequentemente, a deterioração do meio ambiente afetando os organismos não-alvos. É possível avaliar os efeitos nocivos de pesticidas em organismos com auxílio da ecotoxicológia, uma área de estudo que utiliza diversas metodologias através de bioensaios com organismos-testes sensíveis ao efeito da substância tóxica testada. O objetivo do presente estudo é verificar a resposta das espécies botânicas Hymenolobium petraeum Ducke e Enterolobium schomburgkii Benth frente a exposição de diferentes concentrações dos pesticidas cipermetrina, atrazina, glifosato e 2,4-D na germinação das sementes e na fase de crescimento inicial. As concentrações utilizadas foram ¼, ½, concentração média recomendada, 2x e 4x. As sementes foram coletadas e submetidas a tratamentos pré-germinativos de desinfecção e escarificação química. O estudo foi conduzido em ambiente controlado e dividido em duas etapas: ensaio I – avaliação morfométrica e de exposição das sementes a diferentes concentrações dos pesticidas, onde foram avaliados o Índice de velocidade de germinação - IVG, porcentagem de germinação - G (%) e mortalidade final - MF (%) das sementes e ensaio II - avaliação de variáveis em plântulas durante 30 dias exposição a concentração dos pesticidas, onde foram avaliados o comprimento do caule -CC, comprimento da raiz -CR, diâmetro do coleto -DC, massa da matéria seca da parte aérea – MSPA, massa da matéria seca da raizMSR, massa da matéria seca total – MST. Complementarmente foram estimados os valores da concentração efetiva média (CE50) baseado na porcentagem de mortalidade dos organismos-teste. No ensaio I, observou- os resultados médios para largura, espessura e comprimento das sementes que foram de 7,48, 1,70 e 13,54 mm para H. petraeum e 4,31, 2,43 e 7,51mm para E. schomburgkii, respectivamente. O peso de 1000 sementes foi de 155,79 g para H. petraeum e 64,6 g para E. schomburgkii. No ensaio I, a CE50 para H. petraeum foi de 2,34 mg/L para glifosato e 1,49 mg/L para 2-4-D, enquanto que para E. schomburgkii a CE50 foi de 6,38 mg/L para 2,4-D. No ensaio II, para H. petraeum e E. schomburgkii as CE50 foram respectivamente de 26.72 e 9,66 mg/L para atrazina, 11,96 e 20,20 mg/L para glifosato e, 5,34 e 9,67 mg/L para 2,4D. As concentrações de pesticidas podem afetar negativamente organismos não-alvo como as espécies Hymenolobium petraeum e Enterolobium schomburgkii retardando e inibindo o IVG e a G (%) e, provocando a MF (%) dos organismos principalmente pelas formulações de atrazina, glifosato e mais severamente por 2,4-D. O experimento II mostrou que as variáveis de crescimento como a massa da matéria seca das plantas foram as mais afetadas pelas concentrações dos pesticidas estudados.