Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, Suelen Maria Santos de
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Orientador(a): |
SANTANA, Maxwell Barbosa de
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Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Biociências
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Departamento: |
Instituto de Biodiversidades e Florestas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/481
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Resumo: |
O mercúrio (Hg) é um metal pesado que está presente em toda a crosta terrestre e dentre todos os metais contaminantes, se encontra no maior nível de toxicidade devido as suas características de biomagnificação e bioacumulação nos diferentes níveis tróficos, incluindo os seres humanos. Estudos descritos na literatura, já comprovaram que os principais órgãos alvos da ação tóxica do Hg nos seres humanos são: cérebro, pulmão, tubo digestivo, sistema renal e hepático. Levando em consideração que outros trabalhos já comprovaram que a população da região amazônica está ambientalmente exposta a esse metal, o objetivo geral desse trabalho é avaliar a relação do perfil hepático e renal com a exposição mercurial em indivíduos do município de Santarém, Pará. Trata-se de uma pesquisa de campo com abordagem observacional, descritiva e quantitativa e foi realizada no período de janeiro de 2017 a julho de 2019, em diversos locais do município de Santarém, estando dividida em área urbana, planalto e região de rios (rio Amazonas e rio Tapajós). Este trabalho está vinculado ao Protocolo de Pesquisa aprovado pelo CEP da Universidade Estadual do Pará-UEPA, sob o parecer de 1.127.108 e atendeu todos os requisitos estabelecidos na resolução 466/2012. Para obtenção dos dados foi aplicado um questionário semiestruturado e realizada coleta de sangue. A coleta de sangue foi realizada por punção venosa e foram colhidos de cada voluntário 10 mL de amostra. A dosagem do HgT foi realizada no laboratório de Bioprospecção e Biologia Molecular da Universidade Federal do Oeste do Pará-Ufopa e as dosagens enzimáticas e bioquímicas foram realizadas no Laboratório de Análises Clínicas da Fundação Esperança. Os dados obtidos através do questionário foram utilizados para traçar o perfil epidemiológico dos indivíduos através de uma análise descritiva com uso de tabelas de frequência. Para as variáveis quantitativas, foram calculadas as medidas de tendência central e dispersão (média, mediana e desvio padrão) com a utilização do programa Excel, componente do Microsoft Office® (versão 2013). Em seguida foi aplicado o teste do Qui-quadrado de Pearson, para observar a homogeneidade na distribuição da amostra em relação aos resultados (normais e alterados) dos valores para ambos os sexos, tanto para valores normais quanto alterados, dos marcadores renais e hepáticos, quanto para os níveis de Hg. Foram analisadas quatro possíveis relações: Níveis de Hg e frequência no consumo de peixes, níveis de Hg e gênero, níveis de Hg e níveis séricos de marcadores renais, níveis de Hg e níveis séricos de marcadores hepáticos. Os testes estatísticos foram realizados no software STATA 7.0, com um nível de significância de 5%. Os resultados apontam que o perfil bioquímico do rim e do fígado não apresentaram relação estatísticamente significativa com a exposição mercurial; Dos 236 indivíduos que participaram deste estudo, 78,4 % (N=185) estão expostos ao Hg; As comunidades às margens do rio Tapajós tem concentração de HgT maiores que às comunidades do Rio Amazonas; Os indivíduos que consomem peixe com alta frequência, representaram 84,3% da amostra analisada, sendo que este grupo foi o que apresentou os maiores níveis de HgT, uma média de 108,4 μg/L. Considerando que os marcadores renais (ureia e creatinina) e hepáticos (TGO e TGP), utilizados neste estudo, são marcadores comprovadamente sensíveis para lesão renal e hepática respectivamente, na amostra analisada não foi encontrado indivíduos com perfil bioquímico condizente com lesão renal e hepática. Porém uma questão importante emerge a partir desses dados: Essa população exposta precisa ser acompanhada e clinicamente precisa de orientações até que estege elucidado até quanto de concentração de Hg o organismo suporta, até responder com sinais e sintomas e/ou com alterações bioquímicas. |