Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
https://orcid.org/0000-0003-3501-6611
 |
Outros Autores: |
CARVALHO, Abner Vilhena de |
Orientador(a): |
GUIMARÃES, Jarsen Luis Castro
 |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Oeste do Pará
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Natureza e Desenvolvimento
|
Departamento: |
Instituto de Biodiversidades e Florestas
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/56
|
Resumo: |
A experiência histórica mostrou que maiores reduções na pobreza aconteceram em países que vivenciaram longos períodos de crescimento econômico sustentado, reforçando a ideia de que este seria bom para os pobres; melhor ainda se o crescimento for acompanhado por uma mudança distribucional progressiva. Nesse intuito, a teoria do crescimento pró-pobre recebeu ‘nova’ atenção, constatando que, aumentos dos níveis de renda aliviam a pobreza, embora o crescimento econômico possa ser mais ou menos eficaz em fazê-lo, dependendo das condições de cada localidade, dessa forma, alguns países, sobretudo os PMDs que estão ‘presos’ a dificuldades estruturais, apresentam uma situação que se convencionou de ‘armadilha da pobreza’, definido como mecanismo de auto-reforço, fundamentado na existência de ciclos viciosos, levando à incidência persistente da pobreza e de baixas taxas de crescimento sustentado entre gerações. Além disso, difundiu-se, a tese acerca da relação causal entre a condição de pobreza e a degradação ambiental, em que uma maior pressão sob a base de recursos naturais se traduziria no reforço da armadilha da pobreza. Neste contexto, a Amazônia Legal tem reproduzido uma conjuntura peculiar, pois nesta região, a população dos estados mantém níveis de pobreza muito elevados e baixa qualidade de vida, caracterizado por uma estabilidade temporal, que não reflete as várias transformações pela qual vem passando a economia da região, ao longo das últimas décadas. Existe crescimento, oriundo da exploração da abundância de seus recursos naturais, em meio a uma pobreza crônica e a revelia das diversas tentativas, direcionadas pelo Estado de promover o desenvolvimento da região. Desse modo, analisando o período compreendido entre os anos de 1992 à 2014, com base nos dados das PNADs, aplicou-se um modelo de regressão dinâmica para a pobreza e; modelos de causalidades bivariadas. Os resultados sugeriram que, a desigualdade tem minimizado a efetividade do crescimento econômico em reduzir a pobreza, provocando, dessa forma, um crescimento caracterizado como não pró-pobre; além disso, evidenciou-se a persistência da condição de pobreza dado comportamento auto-regressivo, podendo considerar a existência de uma espécie de armadilha. Ademais, comprovou-se causalidade bidirecional da pobreza em relação ao crescimento, à desigualdade e ao desmatamento, como também deste último para com o crescimento e à desigualdade, assim como, causalidade unidirecional da desigualdade para o crescimento. Destarte, a dinâmica examinada revela que a variação positiva do crescimento estaria associada à expansão do desmatamento no período anterior, gerando crescimento da renda no presente e por sua vez, reduz a pobreza e a desigualdade, expandindo mais ainda o desmatamento no período posterior, ampliando o nível de pobreza e desigualdade de renda, provocado pelo crescimento da renda, sinalizando uma espécie de ciclo vicioso ampliado, na qual a expansão do desmatamento nos períodos passados, provocam a elevação do nível de renda e a diminuição da pobreza e da desigualdade no presente, e estes, por sua vez, provocam ‘estagnação temporária do desmatamento por um período, voltando todos a expandir-se no período posterior, aumentando mais ainda o nível de desmatamento, sob a forma de reforço da armadilha da pobreza. |