Análise de genotoxicidade e níveis de mercúrio em Hoplias malabaricus (PISCES – CHARACIFORMES) de duas áreas da bacia do Rio Tapajós

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SILVA, Christian Diniz Lima e lattes
Orientador(a): RODRIGUES, LUIS Reginaldo Robeiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Biociências
Departamento: Instituto de Biodiversidade e Florestas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/558
Resumo: A bacia do rio Tapajós tem sido atingida pela contaminação mercurial derivada do processo de desmatamento em matas ciliares e de atividades do garimpo de ouro. O mercúrio (Hg) por possuir capacidade de se bioacumular através da cadeia alimentar, maximiza seus efeitos nocivos nas espécies de peixes de hábito alimentar piscívoro. Elevados níveis de Hg foram observados em peixes do rio Tapajós e, o consumo de peixes contaminados nesta região é considerado uma importante via de exposição humana. No presente trabalho investigamos os níveis de mercúrio em tecido muscular fresco de Hoplias malabaricus, assim como, os níveis de danos genotóxicos em eritrócitos por meio do teste de micronúcleo (TMN) e ensaio cometa (EC). Foram analisados 10 indivíduos do Lago Juá, rio Tapajós (Região do município de Santarém) e 15 do rio Crepori (Região do município de Itaituba). Na população do Lago Juá observamos valores médios de mercúiro (Hg) de 0.46 mg.kg-1; frequência média de micronúcleo (MN) de 0.05%, 0.59% de anomalia nuclar eritrocitária (ANE) e escore do índice de danos de 68.1. Por outro lado, na população do rio Crepori, os valores observados foram: 1.26 mg.kg-1 de Hg; 0.09% de MN, 0.57% de ANE e 156.9 de índice de danos. As comparações entre as duas populações mostraram diferença estatística para nível de mercúrio e índice de danos ao DNA pelo EC (p<0.05). Não foi encontrada diferença entre MN e ANE entre as localidades estudadas. A população de H. malabaricus do rio Crepori apresentou maior índice de danos genotóxicos/celulares e de concentração de Hg total. A proximidade deste rio com as áreas de garimpo do ouro podem explicar o maior nível de Hg observado.