A gestão educacional: entre a democracia e a barbárie

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: https://orcid.org/0000-0002-5784-8307 lattes
Outros Autores: SOARES, Lucas de Vasconcelos
Orientador(a): COLARES, Maria Lília Imbiriba Sousa lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Educação
Departamento: Instituto de CIências da Educação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/739
Resumo: Diante da conjuntura de crise política, econômica, social e educacional ampliada com o acontecimento do golpe jurídico-midiático-parlamentar de 2016, o presente trabalho tem como objetivo geral: analisar o que os estudos publicados sobre o tema da gestão democrática, em periódicos da área de educação, revelam no período de 2016 a 2020 no Brasil. Trata-se de pesquisa bibliográfica do tipo Estado da Arte. Utilizou-se, dentre as técnicas de coleta de dados, do levantamento teórico, análise documental, bibliometria e consulta às bases científicas. Aplicado os recortes geográfico (território brasileiro) e temporal (período de 2016- 2020) e outros critérios técnicos, elegeram-se cinco periódicos qualificados, Qualis A da área de educação. Posteriormente, realizou-se o levantamento e aplicação do processo de exclusão, alcançando as produções finais selecionadas no estudo. Realizada análise técnico-científica das produções, os resultados apontam, na visão dos pesquisadores, insatisfação quanto à ideia da gestão democrática, considerando problemáticas que persistem sobre o tema, especialmente, na mecanização do processo de sua implementação; a mudança teóricoconceitual, incitada no período da redemocratização, não acompanha a ascensão do direito democrático-participativo no espaço escolar, tornando-se experiência descontextualizada; a gestão permanece sob com condutas autoritárias e regulatórias, com práticas clientelistas de acesso ao cargo, ampla interferência governamental, enfraquecimento da participação, ausência de autonomia, relações conflituosas, etc.; o golpe de 2016 reforçaram o enfraquecimento da concepção democrática na gestão da escola pública e de políticas viabilizadoras deste direito, resultando em (des)ofertas de formação continuada e subsídios indutores, direcionamento de novas atribuições aos gestores educacionais, ampliação de cobranças externas e outros condicionantes que reforçam a precariedade no setor. Das alternativas de superação, os movimentos oriundos do interesse comum (grêmios, associações, grupos de estudos, etc.), são possibilidades de libertação, desde que consigam compreender-se como sujeitos ativos responsáveis pela luta e resistência. Reside a necessidade de aquisição e capacitação de teorias contra-hegemônicas aos gestores, docentes, estudantes, familiares, etc. e o provimento de ações que projetem vivências democráticas na cotidianidade escolar, aproximando e fortalecendo o direito democráticoparticipativo na gestão educacional.