Juros: uma análise de livros didáticos e uma proposta de sequência de aulas com base na Teoria Antropológica do didático.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: PONTE, Leônidas Carneiro da
Orientador(a): DINIZ, Hugo Alex Carneiro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional
Departamento: Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação Tecnológica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/199
Resumo: A Matemática Financeira estuda o comportamento do dinheiro no tempo. Juros é o principal assunto desse saber, previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Com base na experiência docente, identificou-se que alunos e até professores não sabem ao certo aplicar juros simples e compostos no cotidiano, mesmo consultando livro didático. A Teoria Antropológica do Didático – TAD, desenvolvida por Chevallard, fornece recursos para analisar uma obra didática, propondo seis momentos de estudo. A TAD situa a atividade matemática no conjunto das atividades humanas e das instituições sociais, admitindo um modelo, uma praxeologia. Esta possui duas partes dependentes: a prática, na qual estão as tarefas e as técnicas, e o logos, no qual estão as tecnologias e as teorias. O capítulo central analisa dois livros didáticos utilizados em escolas públicas estaduais na cidade de Santarém (PA) sob a ótica da TAD para fundamentar esta pesquisa. O capítulo final propõe uma sequência de aulas que procura melhorar as limitações encontradas nas duas obras e utiliza recursos, como a calculadora científica, a planilha eletrônica, software de construção gráfica, questões regionais de processos seletivos e o próprio livro didático. As duas obras apresentam quantidade reduzida de tarefas resolvidas e nível de dificuldade aquém em relação aos das tarefas propostas, de modo que não passam pelo momento do trabalho da técnica de forma satisfatória. Os dois autores mostram rapidamente as fórmulas, fazendo que o momento da institucionalização surja prematuramente. O segundo livro destaca-se por trabalhar a noção de equivalência de capitais e pela inclusão da Seção “Autoavaliação”, que remete muito bem ao sexto momento proposto por Chevallard. Em relação à aplicabilidade de juros, as duas obras não apresentam sequer um comentário ou uma tarefa resolvida sobre a aplicação de juros simples no cotidiano. Foi necessário realizar pesquisa em instituições financeiras e em livros específicos de Matemática Financeira para mostrar que, de forma geral, juros simples se aplicam em pequenos atrasos de contas e em desconto de recebíveis.