Composição e diversidade de borboletas frugívoras em área de manejo florestal comunitário na Floresta Nacional do Tapajós, Pará, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SILVA, Patricia Lopes da lattes
Orientador(a): TESTON, José Augusto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Oeste do Pará
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Recursos Naturais da Amazônia
Departamento: Instituto de Engenharia e Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufopa.edu.br/jspui/handle/123456789/320
Resumo: Uma tentativa de diminuir a exploração de madeira realizada de forma predatória e ilegal na Amazônia é através do manejo florestal madeireiro. A Floresta Nacional do Tapajós foi a primeira unidade de conservação criada com a categoria de manejo e é tida como modelo de manejo comunitário madeireiro. Neste contexto, faz-se necessário o conhecimento a respeito sobre a relação entre a exploração e a fauna visando não somente a sustentabilidade econômica, mas a ecológica também. Assim, os objetivos deste trabalho foram: (i) elaborar uma lista de borboletas frugívoras na Floresta Nacional do Tapajós, (ii) investigar diferenças na composição e diversidade de borboletas frugívoras em uma área de manejo florestal madeireiro pleno, explorada há seis anos e, uma área de preservação permanente; e (iii) avaliar a sazonalidade das comunidades de borboletas frugívoras ao longo de um ano, em uma área de manejo florestal madeireiro pleno, explorada há seis anos e, uma área de preservação permanente na Floresta Nacional do Tapajós. Para tal, borboletas foram amostradas durante 12 meses (de dezembro de 2011 a novembro de 2012), através de armadilhas Van Someren- Rydon iscadas com banana fermentada em caldo – de – cana ha uma altura de 1,5 – 1,6 metros do solo. As armadilhas permaneceram abertas por cinco dias consecutivos, sendo vistoriadas diariamente e as iscas trocadas a cada 48 horas ou quando necessário. Para avaliar a diferença na composição e diversidade da fauna de borboletas entre as áreas foram medidas os seguintes parâmetros: riqueza (S), abundância (N), índices de diversidade e uniformidade de Shannon (H’ e E’), índice de dominância de Berger – Parker (BP), constância, dominância. Comparações de similaridade entre as unidades amostrais das áreas e períodos (+ chuva e – chuva) foram feitas através do índice de Bray – Curtis pelo método do UPGMA. As estimativas de riqueza foram efetuadas através de procedimentos “Bootstrap”, “Chao 1”, “Chao 2”, “Jackknife 1”, “Jackknife 2”. Na área manejada foram coletados 483 espécimes distribuídos em 56 espécies, das quais 11 foram exclusivas desta área. Os seguintes valores foram encontrados: H’ = 3,18, E’ = 0,79, BP = 0,14. Na área de preservação permanente foram coletados 351 espécimes distribuídos em 45 espécies, das quais 22 foram exclusivas desta área. Foram encontrados os seguintes valores: H’ = 3,23, E’ = 0,85, BP = 0,11. A guilda de borboletas frugívoras apresentaram maior riqueza e abundância no período de menos chuva em ambas as áreas. Os estimadores previram para a área manejada de 64 a 78 espécies e para a área de preservação permanente, de 47 a 53 espécies. As duas áreas apresentaram similaridade de 57%. As unidades amostrais na área manejada foram similares 71% e na área de preservação permanente 74%. O período de mais chuva entre as áreas foi similar 55% e o menos chuvoso, 61%. Os resultados encontrados, com um ano de amostragem, demonstram que a diversidade de borboletas frugívoras entre as áreas com ou sem influência do manejo madeireiro pleno não é afetada pelo tempo após exploração. Entretanto, deve-se destacar que a área de preservação permanente apresentou o dobro de espécies exclusivas.