Variáveis sociais e seguimento de regras: efeitos do monitoramento da tarefa com o uso de um equipamento informatizado1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Palha, Diovani Cavalheiro
Orientador(a): Teixeira Júnior, Ronaldo Rodrigues
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2420
Resumo: Na área de regras as condições que produzem o que tem sido chamado de insensibilidade às contingências ainda não estão claramente identificadas na literatura, sendo que variáveis sociais como o monitoramento de uma tarefa pelo experimentador tem se sido apontadas como uma das possibilidades de explicação. O objetivo específico desta pesquisa foi investigar se o uso de equipamento informatizado, em que a presença/ausência do experimentador ou de uma câmera de vídeo na sala são manipulados, podem interferir no seguimento de regras discrepantes entre os participantes. Vinte estudantes universitários foram expostos a um procedimento de escolha de acordo com o modelo e distribuídos em quatro grupos (monitorado pelo experimentador, por uma câmera de vídeo, pelos dois em conjunto e sem monitoramento). A tarefa consistia clicar com o mouse em estímulos na tela do computador em diferentes sequências. Na Fase 1 nenhuma resposta era reforçada (linha de base), na Fase 2 uma instrução que não correspondia às contingências era apresentada. Os resultados mostraram que todos os participantes dos quatro grupos seguiram a instrução discrepante na Fase 2 na maioria das tentativas, sendo que uma maior variação no desempenho pôde ser observado na Fase 1. Assim, um segundo experimento foi planejado com o objetivo de verificar se a inclusão de trechos na instrução discrepante que falavam sobre a ausência de pontos na Fase 1 e existência de outras sequências diferentes da instruída na Fase 2 poderiam produzir uma maior variabilidade nessa fase e sensibilidade às contingências. Dez novos participantes foram distribuídos em dois grupos (monitorado pelo experimentador/câmera de vídeo e sem nenhum monitoramento) e expostos às mesmas fases e condições do experimento anterior. Os resultados mostraram que dois participantes de cada grupo abandonaram o seguimento de instruções discrepantes na maior parte das tentativas, respondendo a outras sequências, mas desses apenas um de cada grupo respondeu de acordo com as contingências programadas. Em conjunto, os dados obtidos pelos dois experimentos mostram a persistência de desempenhos insensíveis entre os participantes mesmo quando variáveis sociais são removidas, porém mudanças em trechos da instrução podem favorecer a sensibilidade.