Avaliação de superfícies hospitalares após implementação de um programa de padronização de procedimentos de limpeza e desinfecção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Barcelos, Larissa da Silva
Orientador(a): Ferreira, Adriano Menis
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2999
Resumo: A limpeza/desinfecção (L/D) de superfícies hospitalares é um dos melhores custobenefícios na prevenção e controle das infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS) e possui como finalidades a redução da carga microbiana e a conservação dos mobiliários. Métodos de monitoramento devem ser utilizados para avaliação periódica da L/D. Este estudo objetivou avaliar a L/D de superfícies hospitalares após a implementação de um programa de padronização dos procedimentos de L/D. Foram utilizados os seguintes métodos de monitoramento para avaliação da L/D das superfícies: inspeção visual, adenosina trifosfato (ATP) por bioluminescência, contagem de colônias de aeróbios totais (ATT) e identificação de Staphylococcus aureus. Nas superfícies positivas para S. aureus, a resistência deste à meticilina foi testada. O estudo foi desenvolvido em três etapas: etapa I – caracterização das superfícies altamente tocadas (SAT); etapa II – caracterização dos profissionais participantes de um Programa de Padronização de Procedimentos de L/D (PPPLD); e etapa III – avaliação da L/D das SAT. A etapa III foi dividida em duas fases de coleta de dados: fase I – realizada imediatamente após a implementação do PPPLD; e fase II – realizada dois meses após a implementação do PPPLD. Foram coletadas, nas fases I e II, 80 amostras, por método de monitoramento, de cinco superfícies (estrutura lateral da cama, mesa de cabeceira, maçaneta interna da porta do banheiro, acionador da descarga e borda do vaso sanitário), totalizando 320 amostras. As SAT selecionadas para esta investigação, com exceção do vaso sanitário, estavam mal conservadas. Os colaboradores do serviço de higienização (SH) apresentaram média de idade de 36,6 anos e baixa escolaridade, 35,7% relataram possuir o ensino fundamental incompleto e 7,1% nenhum tipo de estudo. Em relação à avaliação da L/D, as medianas de adenosina trifosfato foram superiores, dois meses após a implementação do PPPLD, quando comparadas aos valores imediatamente após implementação do programa. Comparando-se os períodos imediatamente e dois meses após implementação do PPPLD, houve diferença estatisticamente significativa na quantificação de ATP bioluminescência do acionador da descarga (p=0,007) e na contagem de colônias de aeróbios totais do vaso sanitário (p=0,040), sendo que no primeiro caso observou-se aumento de ATP bioluminescência e no segundo houve diminuição na contagem de colônias de ATT. Diminuições de colônias de S. aureus e seu fenótipo resistente à meticilina ocorreram na fase II de coleta de dados, exceto no acionador da descarga. As medianas das contagens de ATP bioluminescência e de colônias de microrganismos não foram reduzidas aos parâmetros considerados ideais, porém o PPPLD implantado auxiliou na melhora das condições sanitárias das superfícies estudadas. Acredita-se que para melhora dos indicadores de L/D na instituição estudada é necessária a substituição do mobiliário degradado, aumento do quantitativo de colaboradores no SH, realização de capacitações continuamente, implementação de um programa de avaliação periódica da L/D das superfícies hospitalares e a contratação de um profissional de nível superior, com experiência em L/D hospitalar para liderar o SH.