Avaliação do procedimento de curativo em feridas realizado por profissionais de enfermagem

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ferreira, Danielle Neris
Orientador(a): Ferreira, Adriano Menis, Silva, Vilma Ribeiro da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2389
Resumo: Este estudo objetivou avaliar o procedimento de curativo realizado pelos profissionais de enfermagem (auxiliares e técnicos de enfermagem) atuantes em duas unidades de internação, clínica cirúrgica e clínica médica, de um hospital público localizado no município de Campo Grande-MS. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e observacional, com abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada pela observação direta não participativa e individual, e consulta aos registros de enfermagem no prontuário do paciente, através de instrumento de coleta de dados do tipo Check-list validado e adaptado para este estudo, para observar a execução do procedimento em três fases, sendo: I-Pré-execução: preparação para a técnica do curativo, II-Execução da técnica de curativo e III-Pós-execução à técnica de curativo. Por amostragem não probabilística, a amostra por conveniência constituiu de 80 curativos, sendo 40 procedimentos por unidade pesquisada. O procedimento de curativo foi avaliado com base no índice de positividade (IP), gerando um percentual para cada questão observada, por fase (I, II e III) e por procedimento. O IP foi comparado entre fases (I, II e III) por meio da aplicação do teste de Kruskal-Wallis, com o nível de significância de p<0.05. Os softwares utilizados para análise foram o Minitab 17 (Minitab Inc.) e Statistica 10 (StatSoft Inc.). O procedimento de curativo foi considerado de qualidade quando apresentou IP >70%. Na maioria dos itens avaliados nas duas unidades de internação obtiveram IP ≤ 70%, no entanto a clínica cirúrgica apresentou maior IP em comparação com a clínica médica. As questões mais comprometidas para as duas unidades estudadas foram as que estavam relacionadas ao aquecimento da solução fisiológica, preparo do ambiente e disposição do lixo, manutenção da privacidade do paciente, higienização das mãos, desinfecção da superfície, conferência do prazo de validade dos materiais, paramentação com equipamento de proteção individual, posicionamento e disposição dos materiais, limpeza da ferida, identificação do curativo, desprezo dos materiais e registro de enfermagem. Enquanto que para as questões referentes à apresentação ao paciente, conferência da prescrição, abertura do campo de curativo, remoção não traumática do curativo, aplicação da cobertura sobre a ferida, manutenção nos princípios de assepsia, sequencia lógica na realização do procedimento e valorização das queixas do paciente, mostrou-se comprometidas apenas na clínica médica. A clínica cirúrgica obteve IP de 79,49% na fase II, sendo as demais fases I (60%) e III (66,30%). A clínica médica obteve índice melhor na fase III (62,50%), nas demais o curativo foi significativamente comprometido, sendo I (34,16%) e II (30,00%). Na clínica cirúrgica 75% dos procedimentos de curativo foram classificados como insatisfatório, sendo essa classificação em 97,5% dos procedimentos da clínica médica. A realização do procedimento de curativo mostrou-se comprometida, requerendo intervenção que provoque mudanças na prática assistencial, que possa conferir e assegurar qualidade e segurança no cuidado de enfermagem prestado ao paciente com feridas.