DNA de Leishmania sp. em saliva e mucosa bucal de pacientes com leishmaniose visceral

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Guimarães, Luciana Nogueira de Almeida
Orientador(a): Brustoloni, Yvone Maia
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/2895
Resumo: Introdução: Leishmania infantum (sinonímia: Leishmania chagasi) é um dos agentes causadores da leishmaniose visceral (LV), doença que, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. Estima-se que 200.000 a 400.000 novos casos de LV ocorrem anualmente em todo o mundo. Caracterizada como doença de caráter eminentemente rural, a LV vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande porte e se tornou um crescente problema de saúde pública no Brasil e em outras áreas do continente americano, sendo uma endemia em franca expansão geográfica. O diagnóstico e tratamento dos pacientes devem ser realizados oportunamente e, para isso, é fundamental disponibilizar métodos e recursos para o pronto diagnóstico laboratorial que, na rede básica de saúde, baseia-se principalmente em exames imunológicos e parasitológicos, necessitando de procedimentos invasivos. A saliva e o esfregaço de células da mucosa oral têm sido cada vez mais utilizados como substratos para a técnica de Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) no diagnóstico de doenças infecciosas e para o diagnóstico da LV. Objetivo: Avaliar o potencial da saliva e do esfregaço de mucosa bucal como substratos no diagnóstico da leishmaniose visceral pela PCR. Material e Métodos: Materiais e Métodos: Participaram do estudo 30 pacientes, a partir de 18 anos de idade, internados no Serviço de Doenças Infecciosas e Parasitárias e Pronto Atendimento do NHU-UFMS, em Campo Grande/MS, com diagnóstico de leishmaniose visceral. As amostras de saliva e células da mucosa bucal foram coletadas com “swab” de Rayon e escova cervical, respectivamente, ambos estéreis, totalizando 60 amostras. A PCR foi realizada com os iniciadores P1: 5’ (C/G)(C/G)(G/C) CC(C/A) CTA T(T/A)T TAC ACC AAC CCC 3’ P2: 5’ GGG GAG GGG CGT TCT GCG AA 3’, que amplificam o fragmento conservado do minicírculo de KDNA de Leishmania, tamanho de fragmento de 120pb. Resultados: 60 amostras foram analisadas, 30 de saliva e 30 de esfregaço bucal, das quais se obteve positividade de 73,3% (22/30) e 53,3% (16/30) respectivamente. Em pacientes coinfectados com HIV (9/30) a positividade foi de 66,7% (6/9) na saliva e 55,5% (5/9) em células da mucosa bucal. No geral, 76,6% (23/30) dos pacientes apresentaram pelo menos uma amostra positiva pela PCR. Conclusão: A saliva e o esfregaço da mucosa bucal são obtidos de forma fácil por procedimento não invasivo, tendo melhor aceitação pelos pacientes e oferecem mais segurança para o profissional de saúde, pois elimina os riscos de acidentes com perfurocortantes. A saliva e o esfregaço de mucosa bucal apresentam-se como substratos úteis para o diagnóstico da leishmaniose visceral quando empregada a PCR e poderiam ser utilizados como uma alternativa não invasiva de investigação em indivíduos com suspeita da doença.