Leishmania sp. em animais silvestres de cativeiro e de vida livre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Humberg, Roberta Martins Passos
Orientador(a): Oliveira, Alessandra Gutierrez de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/1882
Resumo: As leishmanioses são protozoonoses com destaque em saúde pública e têm motivado pesquisas em humanos, animais domésticos e silvestres. O papel dos animais silvestres na cadeia epidemiológica destas enfermidades ainda não está bem esclarecido. O presente estudo investigou a ocorrência de Leishmania sp. em animais silvestres de cativeiro e de vida livre. Foram estudados animais recepcionados e mantidos em cativeiro no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS) de Campo Grande, MS, no Centro de Triagem de Animais Silvestres da Universidade Federal de Viçosa, MG (CETAS-UFV) e no Zoológico da Universidade Federal do Mato Grosso, MT (ZOO-UFMT). Um total de 101 animais foi submetido à colheita de sangue periférico e aspirado medular para a pesquisa de Leishmania sp., compreendendo nove espécies pertencentes a cinco famílias. Houve predominância de resultados positivos em Didelphis albiventris, Cerdocyon thous, Chrysocyon brachyurus e Pseudalopex vetulus. O material colhido foi processado e realizada a pesquisa direta e indireta de Leishmania através de esfregaço delgado corado, semeadura em meio específico, inoculação em animal sensível (hamster - Mesocricetus auratus), sorologia para detecção de anticorpos (Ensaio Imunoenzimático-ELISA) e reação em cadeia pela polimerase (PCR). Do total de animais examinados, 48 apresentaram resultados positivos para Leishmania sp. em pelo menos uma técnica realizada, independente de sexo e idade. Houve positividade tanto em animais de vida livre (46,57%) procedentes da zona urbana, quanto em animais mantidos em cativeiro (53,57%). Com relação à PCR, dos 88 animais analisados, 47,52% apresentaram o DNA do parasita. O índice de 40,74% de ocorrência de Leishmania em Didelphis albiventris suscita maiores investigações na tentativa de esclarecer o seu papel na cadeia epidemiológica dessas parasitoses no município de Campo Grande, MS. Ressalta-se o primeiro relato de Leishmania sp. em quatis (Nasua nasua) e em onças pardas (Puma concolor).