Efeitos da velocidade da correnteza na distribuicao de macroinvertebrados limnicos em rios de Bonito, Centro-Oeste

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Maia, Rafaela Camargo
Orientador(a): Tanaka, Marcel Okamoto
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufms.br/handle/123456789/601
Resumo: Os padrões de distribuição e abundancia dos macroinvertebrados aquáticos são determinados pelas caracteristicas ambientais que levam a diferenças na disponibilidade de recursos e de refúgios contra predação e perturbação, influenciando assim, a estrutura das comunidades. A velocidade da correnteza é um dos fatores ambientais mais importantes na distribuição desses organismos, podendo influenciar também o tamanho dos individuos. Neste trabalho estudou-se a distribuição de macroinvertebrados associados a macrófitas em diferentes velocidades da correnteza com objetivo de 1) avaliar se existe variação na estrutura da comunidade de macroinvertebrados associados a macrófitas em diferentes rios e velocidades de correnteza e 2) verificar se a estrutura das comunidades de moluscos é similar em dois niveis de velocidade da água, em relação à distribuição de tamanhos. Este estudo foi realizado em dois rios na região de Bonito, Mato Grosso do Sul, centro-oeste brasileiro. Foram coletados 22 morfotipos de macroinvertebrados nos dois rios, representados por 19 familias e pelas classes Turbellaria, Oligochaeta e Hirundinea. As amostras foram dominadas numericamente por moluscos gastrópodes, principalmente da familia Hydrobiidae e por anfipodos da familia Hyalellidae. Os moluscos apresentaram maior densidade em baixas velocidades, enquanto os anfipodos só foram registrados no rio Sucuri. Não foram encontradas diferenças significativas na riqueza de espécies e na densidade média de macroinvertebrados entre os rios e velocidades da correnteza amostrados, mas a composição das comunidades foi diferente. As amostras coletadas em locais com velocidade baixa no Rio Sucuri foram significativamente diferentes daquelas do rio Baia Bonita. Não houve diferença significativa em relação às amostras coletadas em velocidades baixa e alta no mesmo rio, apesar de haver uma tendencia à separação. Por outro lado, as amostras obtidas em áreas de velocidade alta no Rio Sucuri não diferiram daquelas do rio Baia Bonita. Os quatro principais grupos que contribuiram para as essas diferenças foram caramujos das familias Hydrobiidae e Ancylidae, anfípodos e Odonata. Estas familias influenciaram a dissimilaridade destas comunidades porque ocorreram em densidades muito diferentes nas amostras ou porque estavam ausentes em um dos ambientes. A similaridade dentro de um mesmo rio pode estar relacionada é presença de grandes bancos de macrófitas aquáticas nas áreas de estudo que podem reduzir a velocidade da água ou proporcionar local de fixação. Não foram observadas interações entre o rio e o tamanho para nenhuma espécie de molusco, sugerindo que o fator rio não influenciou na variação da distribuição de tamanho o que também pode ser resultante da presença de plantas aquáticas nos ambientes.